Os intelectuais da academia sobralense de estudos e letras – ASEL – e a invenção da cidade letrada (1943-1973)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: MELO, Francisco Dênis
Orientador(a): ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11594
Resumo: O presente trabalho trata da invenção da cidade de Sobral - CE como cidade letrada, enobrecida e intelectual, a partir das atividades da Academia Sobralense de Estudos e Letras - ASEL, fundada em 1943, no influxo das mudanças perpetradas na cidade quando de seu aniversário de centenário em 1941. Nosso recorte temporal compreende o período que vai de 1943, data inicial da ASEL, até 1973, data em que se comemorou o bicentenário de Sobral, evento organizado pela Academia. Nesta perspectiva são analisados os fatores de construção do arquivo que enseja a invenção do que seria a cidade letrada, na confluência de textos literários tais como o romance Luzia-Homem (1903), de autoria de Domingos Olímpio, e históricos, como o livro de Monsenhor Fortunato Alves Linhares, Notas históricas da cidade de Sobral - 1712-1922 (1945), que investe no sentido de estabelecer o lugar da Vila Distinta e Real de (1773) como um dos marcos da cidade intelectual. A estratégia visava fazer do passado o lugar da história de Sobral. Dentro de uma concepção teórica e metodológica ligada a História Intelectual de caráter francesa, tratamos da análise das sociabilidades literárias, a organização dos intelectuais, o investimento na tentativa de entendimento dos seus modos de filiação, de seus interesses, manifestações e análise de discursos, nesse sentido a importância da utilização de autores como Jean-François Sirinelli, Helenice Rodrigues da Silva e Ângela de Castro Gomes, entre outros. Com esta pesquisa pretendeu-se contribuir para a pluralização das interpretações sobre a história de Sobral, compreendendo essa história a partir das experiências letradas organizadas pela ASEL.