Atividade fotoprotetora in vitro de espécies medicinais da caantiga pernambucana e incorporação em gel dermatológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ANDRADE, Bruno de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17120
Resumo: A exposição à radiação ultravioleta (UV) pode causar foto envelhecimento, lesões estéticas ou mais perigosas, como os carcinomas e/ou melanomas. Os filtros solares são substâncias capazes de absorver, refletir ou refratar a radiação ultravioleta e assim proteger a pele da exposição direta da luz. Uma tendência atual da indústria cosmética é a exploração racional da biodiversidade brasileira para o desenvolvimento de produtos com componentes de origem natural, especialmente a partir de plantas. Flavonoides, antocianinas e derivados do ácido cinâmico provavelmente são as substâncias presentes nas plantas responsáveis pela absorção na região do UV, devido as suas estruturas químicas. O presente trabalho teve como objetivo determinar o Fator de Proteção Solar (FPS) in vitro, a capacidade antioxidante e quantificar os teores de fenois totais, taninos, flavonoides e cumarinas, de quinze espécies da Caatinga, utilizadas na medicina popular como antiinflamatórias, incorporando em um gel dermatológico o extrato que apresentasse o melhor FPS. Amostras das espécies vegetais devidamente identificadas foram secas, trituradas e submetidas à extração hidroetanólica (80:20). Análises espectrofotométricas foram realizadas para determinação do FPS, atividade antioxidante e para o doseamento dos metabólitos secundários. O cálculo do FPS, in vitro, foi baseado no método desenvolvido por Mansur. A atividade antioxidante foi avaliada pela capacidade dos antioxidantes presentes nas amostras captarem o radical livre DPPH. Os teores de fenois totais e residuais, flavonoides e cumarinas foram obtidos pelos métodos de Folin-Ciocalteu, cloreto de alumínio e acetato de chumbo, respectivamente. Os ácidos carboxivinílicos (Carbopóis®) foram a matéria-prima utilizada na preparação de géis. Após a incorporação do extrato bruto, a formulação foi avaliada quanto às propriedades organolépticas, físico-químicas e estabilidade. A espécie Schinopsis brasiliensis (Baraúna) obteve o maior conteúdo de compostos fenólicos. Em relação aos taninos Anacardium occidentale (Caju Roxo) apresentou o melhor resultado. No doseamento de flavonoides e cumarinas as espécies que se destacaram foram Erythrina velutina (Mulungu) e Amburana cearensis (Imburana açú). Quanto à capacidade de captura do radical livre DPPH, a espécie que mostrou melhor atividade foi Myracrodruon urundeuva (Aroeira) com uma concentração eficiente de 10,39 μg/mL, sendo melhor que a concentração apresentada pelo ácido ascórbico. Em relação ao FPS, a espécie que obteve melhor resultado foi Erythrina velutina (Mulungu) com um valor de 9,708 ± 1,29 na concentração de 100 mg/L, sendo a espécie selecionada para incorporação no gel. Na avaliação de estabilidade preliminar, não houve alteração nos parâmetros avaliados porém, após 30 dias, observou-se alterações na cor e odor da formulação quando submetida a temperatura elevada. Este estudo apresentou informações sobre plantas da Caatinga e sua utilização em preparações farmacêuticas fotoprotetoras, sendo necessário a realização de estudos futuros visando a melhoria do processo de extração e desenvolvimento farmacotécnico das formulações com esta finalidade.