Carga física e o uso do exoesqueleto passivo : intervenção ergonômica na atividade de esmerilhamento de trilho em uma indústria de mineração
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pós Graduação em Ergonomia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/60208 |
Resumo: | A presente pesquisa teve como objetivo avaliar as condições de trabalho no setor de manutenção de via permanente e analisar se o uso, ou não, de um exoesqueleto passivo influência nos fatores de risco, relacionados à carga física, na atividade de esmerilhamento de trilho, visando a saúde, eficiência e segurança dos trabalhadores em uma indústria de mineração. Para tal, aplicou-se o método Análise Macroergonômica do Trabalho (AMT) até a fase de diagnose ergonômica. Na fase de apreciação ergonômica, foram realizadas observações assistemáticas e entrevistas abertas que culminaram com a aplicação de um questionário de validação, o qual gerou um ranking de Itens de Demanda Ergonômica (IDEs) ponderado pela matriz GUT (Gravidade, Urgência e Tendência). Já na fase de diagnose, realizou-se a análise da tarefa e a avaliação do quadro postural por meio do sistema Kinebot, apenas pela descrição de variações angulares e amplitudes de movimentos e, em seguida, analisou-se o nível da carga física de trabalho da atividade de esmerilhamento de trilhos por meio do diagrama de regiões corporais (Corlett, 1993), da técnica REBA (Rapid Entire Body Assessment) (Hignett & Mcatamney, 2000) e da avaliação de força muscular por meio da dinamometria. De maneira geral, a apreciação ergonômica mapeou os principais IDEs: ambiente, biomecânico, organização e empresa, sendo que os IDEs relativos à carga física (como cansaço, postura e desconforto nas costas e braços foram maior evidência no ranking. Ainda, os resultados da diagnose apresentaram que a carga física se fez presente no trabalho dos oficias de via permanente (esmerilhamento de trilho), por outro lado, comprovou- se que quando do uso do exoesqueleto passivo a carga física apresentou menor intensidade, principalmente para o desconforto/dor de ombros e pernas que alcançaram pontuações mais elevadas de desconforto/ dor após a atividade sem o exoesqueleto, em relação ao REBA, houve redução do score de risco, porém sem impacto no nível do risco e quanto a dinamometria pôde-se observar que as médias entre os grupos ficaram entre 116,82 KGF, não havendo diferença estatística entre os momentos de avaliação, sendo p= 0.5279. Em relação a correlação entre as variáveis do trabalho foram observadas correlações negativas e significativas entre o REBA sem exoesqueleto e a dinamometria antes da atividade sem exoesqueleto (rho=- 0,541; p=0,037) e depois da atividade com exoesqueleto (rho=-0,557; p=0,031). Não houve correlações estatisticamente significativas entre dinamometria, REBA e análise de desconforto/dor para tronco e membros (p>0,05). |