Avaliação do processo de compostagem com diferentes proporções de resíduos de limpeza urbana e restos de alimentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, Alice Sabrina Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Tecnologias Energeticas e Nuclear
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17905
Resumo: No Brasil, há necessidade urgente de pesquisas para o desenvolvimento e aprimoramento de técnicas que viabilizem a gestão sustentável de resíduos. Essa necessidade é especialmente grave nas áreas urbanas, devido ao aumento populacional e aos padrões de consumo. A biomassa residual corresponde a aproximadamente 50% dos resíduos sólidos urbanos e é proveniente principalmente das ações de limpeza urbana, como varrição e podas de áreas públicas, de preparo e consumo de alimentos. Praticamente toda biomassa residual gerada em áreas urbanas é disposta em lixões e aterros controlados, juntamente com os demais tipos de resíduos. Uma das alternativas para a destinação sustentável da biomassa residual urbana é a produção de adubo por meio da compostagem. O presente trabalho teve como objetivo identificar a melhor proporção entre biomassa residual do serviço de limpeza urbana e os resíduos de alimentos dos restaurantes e cantinas do campus do UFPE para a produção do adubo orgânico de melhor qualidade em menor tempo. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com seis tratamentos e quatro repetições, distribuídos entre proporções diferentes de material vegetal (MV) e resíduo de alimentos (RA): T1 = Material vegetal (MV) 100% + resíduos de alimentos (RA) 0% (v/v); T2 = 90% MV + 10% RA; T3 = 80% MV + 20% RA; T4 = 70% MV + 30% RA; T5 = 60% MV + 40% RA; T6 = 50% MV + 50% RA. Foram realizados testes de compostagem em pilhas de 50 kg de material vegetal e resíduo de alimentos, por um período de 120 dias. Durante o período de compostagem, foram realizadas análises das concentrações de nitrogênio, fósforo, potássio e Carbono orgânico total, bem como monitoramento de pH, temperatura e umidade das pilhas. O tratamento T6 apresentou qualidade superior entre os demais tratamentos, em termos nutricionais. O T3 não apresentou diferenças significativas no tempo de estabilização comparado aos tratamentos T4, T5 e T6, tendo atingido relação C/N de 18/1 em apenas 30 dias. Esses resultados sugerem que, com uma proporção de 20% RA e 80 de MV em apenas 30 dias de estabilização, o composto orgânico estaria pronto para uso, o que poderia otimizar o uso de mão de obra e diminuir a necessidade de água para umidecer as pilhas, além de finalizar o processo mais rapidamente.