Literatura surda : um currículo em fabricação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MOURÃO, Carlos Antonio Fontenele
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Educacao
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40016
Resumo: Nossa pesquisa se volta à análise do cotidiano do Curso de Licenciatura em Letras/Libras, na modalidade presencial, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), campi Florianópolis, na busca de compreender a fabricação do currículo de Literatura Surda articulado nesse espaço. Essa escolha se justifica pela necessidade que sentimos como docente atuante na área de Literatura de um Curso de Licenciatura em Letras/Libras, o que nos impôs a lidar com a dúvida conceitual gerada pelo pouco suporte teórico-acadêmico a nosso alcance, para lidar com essa literatura. A observação do trabalho docente e a investigação entre os discentes e os demais agentes que compõem esse curso são ações principais de nosso olhar etnográfico para o cotidiano desse espaço. Embora a sala de aula, e especificamente as aulas da disciplina de Literatura Surda I, seja nosso ponto de investigação mais importante, outras esferas também são consideradas em nossa pesquisa, como a presença do tema dentro da Universidade que o abriga e a influência externa contextualizada com as novas mídias e eventos ligados à Literatura Surda nesse contexto. Trata-se de um trabalho etnográfico da observação do cotidiano, para o qual articulamos o pensamento de Michel de Certeau, aos teóricos da Literatura: Lúcia Santaella, Lourival de Holanda, Terry Eagleton, entre outros; além dos autores que compõem os chamados estudos culturais surdos: Cláudio Mourão, Rachel Sutton e Ronice Quadros. Servimo-nos de instrumentos de abordagem, em grande parte, qualitativa, em que utilizamos entrevistas semiestruturadas e entrevistas ocasionais, questionários e observação participativa. Os resultados apontam que a ideia de Literatura Surda caminha de forma inicial para uma solidificação teórica no ambiente acadêmico, o que se reflete na formação de professores e no status do espaço ocupado por esse tema na Universidade. É portanto um tema em fabricação e nosso principal objetivo é entender os caminhos que essa fabricação está percorrendo.