Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Anderson Rodrigues Balbino de |
Orientador(a): |
JACOBINA, Uedson Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17766
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Resumo: |
A perda da diversidade biológica pode ser um reflexo da degradação ambiental, principalmente em locais com grandes contingentes demográficos. No Nordeste do Brasil, a maioria das regiões metropolitanas estão concentradas em zonas costeiras, ocasionando a liberação de uma grande quantidade de poluentes e ameaçando a sobrevivência de inúmeras espécies, como os peixes. Neste estudo, tentamos avaliar possíveis danos no DNA em um dos recursos pesqueiros mais consumidos pelas comunidades ribeirinhas nesta região, a tainha (Mugil curema). Metodologias de Ensaio Cometa (EC) e Teste do Micronúcleo (MN) foram utilizadas em populações desta espécie, provenientes de cinco estuários Pernambucanos (rios Goiana e Jaguaribe no litoral Norte), (rios Sirinhaém e Formoso no litoral Sul) e (rio Capibaribe na região metropolitana). Para fins de comparação, uma amostra controle foi coletada no estuário do Rio Una (local de preservação ambiental), litoral sul do estado de São Paulo. Nossos resultados mostram que o estuário mais afastado da região metropolitana, o Rio Formoso, quando comparado ao grupo controle, foi quem apresentou os menores níveis de danificação genômica (P >0,05). Já os demais estuários apresentaram níveis elevados de danificação quando comparados ao controle (P < 0,05). Em especial, o estuário do rio Capibaribe, localizado na capital Pernambucana, foi aquele que apresentou um dos maiores níveis de dano genômico (P = 0,0001). Tais dados caracterizam-no como o mais impactado entre os cinco avaliados. Estes dados também apontam para uma forte associação entre níveis elevados de danificação genômica (macro e microlesões no DNA) em locais próximos a grandes contingentes demográficos e industriais. Consequentemente, este cenário de impactação pode também estar afetando a comunidade biótica como um todo, incluindo as comunidades humanas ribeirinhas que tem este recurso como forma de subsistência. Estes resultados demonstram a efetividade do uso de metodologias de EC e MN como protocolos rápidos e precisos na avaliação de ecossistemas marinhos, principalmente em regiões fortemente impactadas pelas atividades antrópicas. |