Avaliação dos níveis de pseudocolinesterase em portadores de esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: LIMA, Maria Angela de
Orientador(a): AGUIAR, José Lamartine de Andrade
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3078
Resumo: Introdução: A esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica pode comprometer determinadas atividades metabólicas e de síntese hepática que podem interferir no metabolismo das drogas anestésicas. A utilização dos bloqueadores neuromusculares em anestesia tem dois objetivos: 1) proporcionar relaxamento muscular para intubação traqueal; 2) manter condições adequadas à ventilação do paciente. Certos bloqueadores neuromusculares são metabolizados pela ação da pseudocolinesterase, enzima hepática também responsável pelo metabolismo de outras drogas que possuem função éster. Objetivo: Analisar a concentração da pseudocolinesterase em voluntários com doença esquistossomótica na forma hepatoesplênica. Método: Foram estudados 26 pacientes com esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica, divididos em dois grupos: 13 pacientes previamente esplenectomizados e outros 13 pacientes não submetidos a tratamento cirúrgico. Doze voluntários sadios provenientes das mesmas regiões e em iguais condições sócio-econômicas formaram o grupo controle. A idade média e o índice de massa corpórea foram similares nos três grupos. Todos os voluntários preencheram os critérios de inclusão: negatividade para marcadores virais da hepatite B e C; doenças associadas ou uso de drogas com interferência sobre a enzima pseudocolinesterase e cirrose hepática. Os participantes sadios não possuíam antecedentes de banho de rio ou contato com águas contaminadas tendo apresentado Kato-Katz negativo. As dosagens bioquímicas constaram de: proteínas totais e fração albumina, tempo de protrombina, atividade enzimática, relação internacional de normalidade e dosagem da pseudocolinesterase. A ultra-sonografia foi realizada para avaliação do grau de fibrose periportal. Resultados: A dosagem de proteínas totais e fração albumina não apresentou diferença estatisticamente significante entre os grupos. Os parâmetros de coagulação diferem de forma estatisticamente significante entre os grupos esplenectomizados e não esplenectomizados (tempo de protrombina p=0,002; relação internacional de normalidade p=0,004 e atividade enzimática p=0,003). A dosagem da pseudocolinesterase apresentou uma diferença estatisticamente significante entre os grupos não esplenectomizados e controle (p=0,007). Não ocorreu, contudo, diferença entre os grupos esplenectomizados e controle. Conclusão: De acordo com os resultados, a concentração da pseudocolinesterase é significativamente menor em portadores de esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica não submetidos a esplenectomia. A esplenectomia melhora a capacidade de síntese da pseudocolinesterase pelo hepatócito