A loucura e Nelson Rodrigues: o teatro do desagradável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Antonio Lamenha Albuquerque da
Orientador(a): ANDRADE, Brenda Carlos de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30383
Resumo: Este trabalho pretende investigar a representação da loucura no teatro de Nelson Rodrigues (1912–1980), escritor e jornalista brasileiro bastante influente e conhecido por suas abordagens polêmicas dos variados temas da vida humana em sua obra tanto dramatúrgica quanto narrativa. O recorte da obra rodriguiana que serve de objeto de estudo desta dissertação consiste nas peças, em ordem cronológica de publicação: A mulher sem pecado, Vestido de noiva, Álbum de família, O anjo negro e Valsa nº 6 (1981). De início, desenvolve-se uma discussão acerca da literatura comparada e suas fronteiras, a fim de situar este estudo num campo específico do conhecimento, dialogando com autores como Carvalhal (2011), Remak (2011) e Moretti (2000). O conceito de loucura e seus câmbios ao longo do tempo são perscrutados, tomando o fio condutor de Foucault (1972). Ainda sobre a loucura em si, dois elementos da obra de Nelson Rodrigues estão recorrentemente relacionados a ela: o olho e a casa. Discorre-se sobre esses dois itens, com auxílio de Bataille (2003), Bachelard (2003) e Sontag (1984), por exemplo. Em seguida, parte-se para a análise das peças de Nelson Rodrigues. Cada peça é analisada separadamente, no encalço da loucura, do olho e da casa. Por fim, elabora-se uma leitura comparativa entre o escritor sueco August Strindberg e Nelson Rodrigues, mais especificamente com as obras O pai (1970), do primeiro, e A mulher sem pecado (1981), do segundo; e busca-se também o vínculo de Nelson Rodrigues com o Modernismo brasileiro e com a literatura brasileira que trata do tema da loucura.