Efeito pós-antibiótico de um novo derivado 1,2,4-oxadiazol-hidrazida e suas associações frente ao Mycobacterium fortuitum e Mycobacterium smegmatis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Renato Antonio dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1503
Resumo: A freqüente resistência das micobactérias atípicas às drogas antituberculose, a ausência de esquemas terapêuticos eficazes e os estudos concernentes à aplicação de novas moléculas sobre micobactérias motivaram a determinação do efeito pós-antibiótico (EPA) in vitro de um novo derivado 1,2,4-oxadiazol-hidrazida (HHBA) e de suas associações com o quimioterápico ofloxacino (OFLO), uma fluorquinolona, e o m-Flúor-Fenilalanina (m-FFen), um inibidor da síntese da parede celular. O EPA foi avaliado após o tempo de contato de 2 e 4 horas frente ao Mycobacterium fortuitum e ao Mycobacterium smegmatis. As drogas foram testadas em concentrações equivalentes a concentração inibitória mínima (CIM). Considerado um parâmetro farmacodinâmico de grande relevância em situações clínicas, o EPA exerce a sua maior importância na escolha do antimicrobiano, nos regimes de dosagem terapêutica e nos seus intervalos de administração. O EPA pode ser induzido pela exposição do microrganismo ao antimicrobiano por um período de tempo determinado, seguindo da rápida retirada deste antimicrobiano, e o acompanhamento do recrescimento deste microrganismo. Matematicamente, o EPA é calculado pela fórmula: EPA= T C, em que T representa o tempo necessário para que a cultura teste cresça o equivalente a 1log10 em relação à numeração efetuada logo após a retirada da droga e C representa o tempo necessário para que a cultura controle cresça igualmente de 1log10. O que concerne ao efeito pós-antibiótico sobre o M. fortuitum após 2 horas de contato a OFLO apresentou os maiores valores de EPA, 8,60 ± 1,50 horas. Todas as associações mostraram-se antagônicas com exceção da HHBA+m-FFen que induziu a um EPA indiferente de 1,20 ± 1,20 horas. Após 4 horas de contato, a OFLO continuou apresentando a melhor atividade cujo EPA foi equivalente a 11,50 ± 2,00 horas, sua associação com a m-FFen apresentou um EPA indiferente de 11,00 ± 2,70 horas. As demais associações apresentaram-se antagônicas. O efeito pós-antibiótico do HHBA frente ao M. smegmatis após um contato de 2 horas foi de 2,40 ± 2,80 horas e a sua associação com a OFLO mostrou ser a mais efetiva cujo valor do EPA foi de 3,30± 2,80 horas. Após 4 horas de contato o EPA do HHBA não foi alterado, permanecendo em 3,30 ± 2,60 horas. O aumento do tempo de contato induziu um aumento dos valores do EPA para as drogas estudadas e suas associações, exceto o m-FFen, as associações OFLO-HHBA e OFLO-HHBA-m-FFen frente ao M. smegmatis, e o HHBA e sua associação HHBA-m-FFen, frente ao M. fortuitum. A ofloxacino foi o antimicrobiano que induziu os melhores valores de EPA para o M. fortuitum, bem como o HHBA foi o antimicrobiano que induziu os melhores valores de EPA para o M. smegmatis. O aumento do tempo de contato de 2 para 4 horas potencializou os EPAs das drogas estudadas.Todas as associações testadas apresentaram um caráter antagônico, exceto a associação OFLO-m-FFen após 4 horas de contato, frente o M. smegmatis. E os tempos de contatos escolhidos, bem como a CMI utilizada para os ensaios, foram insuficientes para que as drogas e suas associações pudessem induzir EPAs sinérgicos. Como os mecanismos do EPA ainda não estão totalmente definidos é difícil lançar hipóteses acerca do qual ou quais mecanismos estão implicados na variação dos resultados dos EPAs de drogas testadas em associação