Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
BARBOSA, Ezequiel Alves |
Orientador(a): |
SANTOS, André Maurício Melo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional (PROFBIO)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35502
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Resumo: |
Esta dissertação analisou as impressões que estudantes do 3º ano do Ensino Médio residentes na Zona Rural do município de Orobó, interior de Pernambuco, estabelecem entre os conceitos de Ecologia estudados em sala de aula e o ambiente onde residem e suas atividades cotidianas. Para isso, utilizamos algumas vivências e o meio onde moram esses jovens como ferramentas didáticas para um melhor entendimento dos conteúdos de Ecologia e no desenvolvimento de práticas ambientais sustentáveis. Logo, nosso objetivo foi investigar como a realidade do meio em que vivem esses estudantes e suas práticas podem contribuir para uma aprendizagem significativa dos conceitos de Ecologia trabalhados na escola. Nos documentos oficiais há uma preocupação em pautar o ensino considerando as especificidades de cada público, a exemplo, o art. 28 da LDB (Lei de Diretrizes e Base) sugere que na oferta da educação básica para a população rural, os sistemas de ensino devem promover as adaptações necessárias para sua adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região. Complementar à LDB, os Parâmetros para a Educação Básica do Estado de Pernambuco (UNDIME, 2013, p.34) aconselham que “os fenômenos estudados na escola devem ser aqueles que ocorrem em nossas vidas, tornando-se assim significativos para os estudantes”. Ainda assim, percebe-se que a realidade concreta vivenciada pelos alunos, particularmente os que residem na Zona Rural, não é contemplada nas escolas, aplicando um ensino descontextualizado de sua realidade. Nesse contexto, a escolha do conteúdo de Ecologia justifica-se diante do pressuposto de que ele está intrinsicamente presente no cotidiano do jovem, apesar da pouca concatenação feita por eles. Para tanto, a nossa metodologia priorizou o desenvolvimento de ações para extrair conceitos de Ecologia envolvidos nas práticas cotidianas e no habitat do estudante do campo. Para tanto, aplicou-se uma sequência didática dividida em três momentos. No primeiro vivenciou-se os conteúdos de Ecologia do Ensino Médio através de aulas teóricas, no segundo momento foi feito um estudo do meio em uma propriedade rural típica e no terceiro, no ambiente escolar, foi montada uma compostagem com o reaproveitamento de resíduos sólidos orgânicos biodegradáveis. Houve ainda, a aplicação de questionário em momentos diferente para colher alguns conhecimentos e compreensão de conceitos ecológicos presentes em seu cotidiano. Desse modo, esta pesquisa contemplou discussões e recursos didáticos-metodológicos que envolviam o cotidiano do estudante rural e resultou em um efetivo aprendizado do conteúdo científico em estudo. Concluindo-se, de acordo com nossos resultados, o cotidiano do aluno é importante para a ensinagem de Ecologia, motivo pelo qual as avaliações e questionário mostraram que nas 2º e 3º etapas da aplicação da sequência didática os resultados se sobressaíram aos do primeiro momento. Atestamos melhoras nos aspectos conceituais de Ecologia, correlacionando-os ao meio em que vivem, e na identificação e conscientização de impactos ambientais decorrente de suas ações com o ambiente. Com isso, houve mudança de atitude no sentido de adotar práticas para mitigar, conservar e utilizar de forma sustentável os recursos do seu habitat. |