Estudo do bagaço da cana de açúcar como material para construção civil no estado de Pernambuco: sistema ternário com metacaulim e cal hidratada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: COSTA, Lawrence Francisco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil e Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29896
Resumo: A indústria da construção civil é um dos maiores consumidores de materiais naturais do mundo, e deste processamento é gerada uma quantidade de resíduo, os quais são capazes de gerar grandes danos ao meio ambiente. Em virtude deste fato, inúmeras pesquisas estão sendo elaboradas com o intuito de destinar os rejeitos industriais, dentro de uma proposta aceitável aos materiais componentes da atividade construtiva, de forma a mitigar os impactos ambientais causados por esta indústria. Nesse contexto, as cinzas agroindustriais ocupam lugar de destaque dentre os resíduos com possibilidades de aplicação, por apresentarem propriedades importantes, como a pozolânica, a exemplo das cinzas de casca de arroz, capazes de contribuir com a redução do consumo de cimento Portland, o qual é uma fonte de poluentes, a partir da emissão de CO₂. No Estado de Pernambuco, se pode destacar os resíduos gerados pela indústria sucroalcooleira os quais estão presentes em larga escala, por se tratar de uma atividade potencialmente ativa no estado, cuja cultura provém desde o período colonial. O material estudado foi a cinza do bagaço da cana-de-açúcar, aqui chamado de CBCA, onde foi avaliado sua atividade pozolânica através de métodos químicos e físicos. A análise ternária avaliada procurou mensurar o consumo de portlandita a partir da inclusão de cinza no sistema com metacaulim e cal hidratada. A CBCA não teve nenhum tratamento térmico, em decorrência de alguns estudos apontarem sobre a influência da temperatura sobre propriedades do material. Foi avaliado o potencial pozolânico da amostra de CBCA em seu estado natural, aqui denominado CAN, em duas faixas de granulometria, a primeira passante na peneira 400, denominado CANP400 e a segunda moída por 7 horas, denominado CANM7H. Além dos ensaios físicos, as amostras foram submetidas aos ensaios previstos na norma ABNT NBR 5751 : 2015, para determinação da atividade pozolânica com Cal aos sete dias (IAC) e, posteriormente, as amostras tiveram sua atividade pozolânica avaliada através da termogravimetria (TG). A partir dos resultados auferidos neste estudo, pode-se entender que a CANM7H apresentou resultados muito melhores se comparado com os da CANP400, onde, este último, só apresentou características pozolânicas quando da inclusão a partir de 30% de Metacaulim (MTC) em sua matriz. Tão logo, a CBCA em seu estado natural apresentou características para ser tomado como um material pozolânico, principalmente quando finamente moído.