Entre o imersivo e o pervasivo: conceitos e aplicações na relação com o virtual
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Comunicacao |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29838 |
Resumo: | Este trabalho parte das definições e flutuações conceituais de dois temas centrais: imersão e pervasividade. Ambos, grosso modo, não são, comumente, pensados dentro da comunicação e revelam-se como conceitos capazes de sublinhar um conjunto de relacionamentos atuais que temos com a virtualidade e com experiências escapistas contemporâneas. Nesse sentido, a tese se dedica a explicar o escapismo da era digital e como as experiências que o circundam afetam a nossa sociedade. O estudo, por conseguinte, aponta para a ascendência das realidades paralelas criadas por elementos virtuais, de maneira que, o que hoje são experiências de fuga de realidade, poderão também ser vistas como as bases para a reformulação do cotidiano do nosso mundo físico. Trata-se, como postulado nesta investigação, do desenvolvimento fluido entre escapismos e reestruturações sociais, todos fundamentados na presença do virtual. Dados os estudos díspares sobre os conceitos base levantados, o desenvolvimento da tese se ancora na interpretação de ambos, com alicerces na cognição, na experiência e na tecnologia. O percurso analítico evidencia como a chegada do virtual afeta a construção e fruição dos chamados Campos Finitos de Significação e desvenda o processo de fuga da realidade sinalizando de que forma o virtual proporcionou novos escapismos e a confecção do campo em questão, agora reconfigurado, mais autônomo e circundante, capaz de englobar o indivíduo de maneiras muito mais efetivas que aquelas que lhe precederam. A tese, ao articular a compreensão da imersão, diante da fruição do indivíduo e das potencialidades da mídia, evidencia o fenômeno oposto ao de imersão, principalmente na sua aproximação com o campo da Comunicação: a pervasividade. Para tanto, apresenta a construção de um continuum de experiências com o virtual, que parte da pervasividade em direção à imersão, de maneira que podemos enxergar, entre um extremo e outro, o surgimento de uma zona de interseção rica em potencialidades de fruição, suscitando outro tipo de Realidade que se somará à Realidade Aumentada e à Realidade Virtual. O percurso estrutural do trabalho é realizado a partir da metáfora da célula, usada na tese para delimitar a aproximação entre a estrutura celular, com sua dinâmica e autonomia, e o conceito de campo finito de significação, que deixa de ser um lugar a ser visitado e assume-se englobante, cercando a atenção do sujeito fruidor e interagindo com ele: apresenta, portanto, o que chamamos de campo-bolha e campo-célula. Por fim, esta tese, muito mais do que conceituar o imersivo e o pervasivo, articula como a experiência escapista conduz a uma realidade totalmente transformada pelas viagens a mundos virtuais e/ou virtualizados. |