Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Della Bella, Samanta |
Orientador(a): |
Mendes de Azevedo Junior, Severino |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/926
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Resumo: |
A garça-vaqueira, Bubulcus ibis, originária da Europa Mediterrânea e da África, desde o século XX vem expandindo sua área de ocorrência e reprodução. No Brasil, o primeiro registro da espécie foi em 1964 e atualmente é encontrada em todo o território nacional. Objetivou-se no presente estudo, prover informações acerca da biologia e ocorrência de Bubulcus ibis no Estado de Pernambuco, sobretudo na região Agreste e no Arquipélago de Fernando de Noronha, a partir de dados coletados em visitas a estas localidades entre 2000 e 2003. No Agreste foram registrados três ninhais típicos de B. ibis, construídos nas margens de açudes, em oposição aos dois sítios reprodutivos observados no Arquipélago de Fernando de Noronha, em ilhas desprovidas de água doce. Foi observada uma grande variação do número de indivíduos durante excursões pelas estradas do Agreste, talvez conseqüência de flutuações populacionais em razão de deslocamentos característicos da espécie, desconhecidos no Brasil. Durante o monitoramento de uma colônia no Agreste, B.ibis apresentou gerações a cada dois meses. Garças-vaqueiras com plumagem reprodutiva foram avistadas em todos os meses, indicando que esta espécie teria potencial biológico para reproduzir durante todo o ano, dependendo apenas das condições ambientais e das interferências antrópicas. Dados sobre o tamanho da postura e estrutura do ninho foram obtidos concordando com o já descrito na literatura e sugerindo baixa freqüência de competição intraespecífica para essas garças. A análise da composição da dieta de B. ibis mostrou a preferência por gafanhotos (Orthoptera) na alimentação no Agreste pernambucano. Outros grupos representativos foram carrapatos (Acarina, Ixodidae), aranhas (Aranea) e anfíbios. A sugerida especialidade alimentar de B.ibis encontrada no ambiente pecuário do Agreste é confrontada com o oportunismo alimentar que se manifesta sob condições ambientais extremas, como no Arquipélago. A sua presença no Agreste parece trazer benefícios para a atividade pecuária, podendo controlar a população de pragas e parasitas. Entretanto, um efeito contrário estaria acontecendo em um ambiente como o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, devido à competição por sítios reprodutivos com aves costeiras e pela predação de fauna nativa. Com isso fica evidenciada a plasticidade da biologia reprodutiva e alimentar desta garça, que se manifesta de acordo com as exigências ambientais, resultando no sucesso da expansão e do estabelecimento desse ardeídeo durante o último século em diferentes partes do mundo |