Relação do processamento sensorial e alterações no sistema estomatognático em crianças com respiração oral
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29640 |
Resumo: | A respiração é uma função vital feita normalmente por via nasal, permitindo que o ar inspirado, ao passar pelo nariz, seja purificado, filtrado, aquecido e umidificado no trajeto até os pulmões. Assim, esse modo de respiração protege as vias aéreas superiores e permite o desenvolvimento adequado do complexo crânio-facial. Ocorrendo qualquer obstrução na passagem de ar, o indivíduo é levado a respirar pela boca. Todo esse contexto apresenta o potencial de afetar o processamento sensorial, uma função neurológica responsável por organizar e modular as informações recebidas pelos sentidos. Neste sentido, este estudo tem como objetivo descrever o processamento sensorial e as alterações no sistema estomatognático de crianças respiradoras orais, bem como a relação entre as alterações desse sistema e o processamento sensorial desta população. Foram selecionadas crianças (5 a 12 anos) que tinham diagnóstico fonoaudiológico de Respiração Oral. Também foram selecionadas crianças com idades pareadas, sem histórico de respiração oral ou rinite alérgica para fazer parte do grupo controle. O recrutamento e as avaliações foram realizados no setor de alergia e alergologia do Hospital das Clinicas da Universidade Federal de Pernambuco e na Clínica de Odontologia da mesma Universidade. As crianças recrutadas passaram pela avaliação com a Sensory Processing Measure – Home Form -, onde os pais ou responsáveis responderam as questões do teste, e pela avaliação da motricidade orofacial com o protocolo AMIOFE. A avaliação foi realizada em sala reservada para este fim e foi filmada com o objetivo de possibilitar uma análise mais apurada entre as diferenças do padrão mastigatório e de deglutição dos alimentos. Todas as avaliações foram realizadas após o consentimento dos pais ou responsáveis pela criança, através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Este projeto foi submetido ao Comitê de Ética em pesquisa com seres humanos do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco (CEP/CCS/UFPE n°: 992.769). Para análise dos dados foram obtidas medidas estatísticas e os cálculos foram tabulados no SPSS (versão 18). A maioria das crianças avaliadas foi do sexo masculino, estando com idade média de 8 anos. A maioria dos respiradores orais apresentaram alteração no processamento de todos os sentidos, com relação estatisticamente significativa quando comparados com os respiradores nasais. Houve correlação significativa entre (a) o processamento proprioceptivo e o movimento das bochechas, (b) processamento visual e movimentação da cabeça durante a deglutição e (c) o tipo de mastigação e o processamento tátil. Após análise dos dados foi possível perceber que o processamento sensorial de todos os sistemas apresentou alteração nos respiradores orais provavelmente relacionada à mobilidade orofacial, funções do sistema estomatognático e tipo de mastigação da população estudada. |