Estudo do comportamento de argamassas com a utilização de cinzas de coco de babaçu (Orbignya speciosa)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: CARDOSO, Mariana Ferreira Martins
Orientador(a): NÓBREGA, Ana Cecília Vieira da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil e Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33744
Resumo: Muitas das cinzas de subprodutos orgânicos de origem natural (cinzas de casca de arroz, bagaço de cana, etc...) são notadamente conhecidas por benefícios para sistemas cimentícios: pozolanicidade e efeito fíler. Este estudo, de caráter investigatório e analítico, tem objetivo de desenvolver argamassas com a incorporação de cinzas provenientes da queima do coco Babaçu (Orbignya speciosa). Para tanto, as CCB foram inicialmente pré-tratadas em termos de queima em laboratório e moagem. Na sequência foram físico-quimicamente caracterizadas e tiveram suas atividades pozolânicas avaliadas pelo ensaio de Chapelle modificado e pela NBR 5752 (2012). Dado o índice de Índice de Atividade Pozolânica com Cimento Portland ter sido da ordem de 73% para a CCB sem nenhum pré-tratamento (mínimo de 75% para ser pozolânica), decidiu-se por questões de tempo de gasto energético de moagem para o mercado, trabalhar com a CCB tal qual coletada na indústria. Argamassas com traço 1:3 em massa foram moldadas com adição de 10% de CCB ao sistema e substituição de 10% de cimento por CCB, teores estes determinados em função da consistência das argamassas e tiveram suas propriedades nos estados fresco e endurecido avaliadas. Conclui-se que a cinza de coco Babaçu apresenta uma tendência a atividade pozolânica, sendo necessário apenas alguns ajustes na moagem para que a mesma alcance os teores preconizados pela norma ABNT NBR 5752 (2010), sem necessidade de queima. A moagem de alta energia prejudicou a atividade pozolânica das CCB por ter aglomerado as partículas. É possível agregar esse resíduo a argamassas no traço 1:3 em massa, seja na forma de adição ou substituição, ambas em teores de 10% em relação à massa de cimento, resguardando suas propriedades nos estados fresco e endurecido, sendo observada reatividade das CCB´s nas resistências à compressão dos 28 para 90 dias.