Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
COSTA JÚNIOR, Luiz Carlos Pinto da |
Orientador(a): |
ROCHA, Maria Eduarda da Mota |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9455
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Resumo: |
Essa tese trata de propor uma interpretação do programa político das ações coletivas com mídias livres. Tais ações têm como sujeitos pessoas com formações muito variadas, em geral advindas da classe média, e com uma interação em rede em todo o país. Os objetivos passam, por um lado, pela crítica aos canais hegemônicos de comunicação comercial, mas também às ordens hieraquicamente construídas, identificadas no poder estatal, no capitalismo tardio e nas restrições que as instituições políticas e policiais deste impõem ao acesso a bens imateriais cultura, informacão, conhecimentos. Por outro lado, os artífices das ações coletivas com mídias livres detém-se na construção de ambientes e plataformas comunicacionais baseadas em variadas tecnologias digitais e telemáticas, mas também analógicas. Tais ferramentas servem como instrumentos aos processos de afirmação de identidade, visibilidade de expressões culturais não tematizadas pelos canais comerciais, produção coletiva de conhecimentos. O entendimento do caráter político dessas duas frentes permite compreender a emergência de um fazer político cujo o núcleo e o rasgo central é formado pela criação e difusão dos conhecimentos e habilidades necessárias à construção de ferramentas físicas, lógicas e normativas que permitam subverter o modelo hegemônico de trocas simbólicas na sociedade contemporânea. Esse fazer político é ele próprio embasado por uma abordagem do objeto técnico que se coloca para além tanto da perspectiva tecnofóbica, que aponta para uma sociedade anulada pela técnica; quanto da abordagem tecno-fílica, que pensa uma sociedade em que as máquinas possibilitam a vida feliz: o relacionamento com os aparatos técnicos colocados em prática pelas ações coletivas com mídias livres colocam em suspensão a técnica como algo natural (positivo) ou artificial (negativo). E tomam-na como algo sobre o qual é ainda possível atuar |