Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Luís Cláudio Nascimento da |
Orientador(a): |
CORREIA, Maria Tereza dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16321
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Resumo: |
As lectinas são proteínas conhecidas por sua capacidade de ligar específica e reversivelmente a carboidratos resultando em uma variedade de propriedades biológicas. Este trabalho tem por objetivo avaliar os efeitos imunomodulador e citoprotetor das lectinas Cramoll 1,4 (pCramoll) e rCramoll 1 (rCramoll). Na determinação da ação imunomoduladora macrófagos peritoneais de camundongos Balb/c foram tratados com diferentes concentrações das lectinas (0,625-10 μM) e foram analisados os efeitos na produção óxido nítrico (NO), viabilidade celular, produção de ânion superóxido, alterações no potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e na fagocitose de Staphylococcus aureus. A produção de citocinas pró-inflamatorias (IL-1β, IL-6, INF-γ e TNF-α) foi avaliada em macrófagos infectados e não infectados com S. aureus. Ambas lectinas induziram significantemente a produção de NO e de citocinas. As proteínas foram consideradas não-citotóxicas pelo ensaio com MTT, entretanto a análise por Citometria de Fluxo revelaram um aumento de células mortas. A produção de superóxido foi estimulada pelas lectinas o que foi confirmado pelas mudanças induzidas no ΔΨm. A ação fagocítica dos macrófagos foi aumentada em 27,1% e 22,47% após o tratamento destes com pCramoll e rCramoll . Por fim, as lectinas inibiram a expressão de TNF-α e IL-6 e estimularam a produção de IL-1β e INF-γ por macrófagos infectados por S. aureus. Paralelamente, o potencial protetor das lectinas contra a morte celular induzida pelo estresse oxidativo foi avaliada. Para tanto, células Vero (fibroblastos renais de macaco) foram pré-tratadas com crescentes concentrações das lectinas (0,625-10 μM) por 30 minutos e em seguida foram expostas ao H2O2 (1 mM). Após 24 horas, o efeito citoprotetor foi avaliado. Os mecanismos celulares envolvidos foram determinados por citometria de fluxo envolvendo: proteção contra morte celular, danos nos lisossomos e DNA, produção de ânion superóxido (MitoSOX), alterações no potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e proliferação celular. pCramoll e rCramoll atenuaram a citotoxicidade induzida por H2O2 de forma dose-dependente, os efeitos máximos foram 96.85 ± 15.59% (rCramoll) e 59.48 ± 23.44% (pCramoll). A análise com Live/Dead mostrou redução da morte celular de 65.04 ± 3.29% (H2O2) para 39.77 ± 2.93% (pCramoll) e 13.90 ± 9.01% (rCramoll). Os efeitos deletérios de H2O2 na proliferação celular foram reduzidos em 10.83% (pCramoll) e 24.17% (rCramoll). As lectinas atenuaram a produção excessiva de superóxido, o collapso do ΔΨm e os danos lisossomais e ao DNA das células Vero expostas à H2O2. Em conclusão nossos estudos demonstram que pCramoll e rCramoll possuem elevado potencial imunomodulador e citoprotetor. |