Educação em saúde no enfrentamento à pandemia de covid-19 no Brasil : uma análise das concepções em disputa
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Servico Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51192 |
Resumo: | O presente estudo aborda a educação em saúde na pandemia de covid-19 no Brasil. A problematização do objeto permitiu constatar a invisibilização da Atenção Primária à Saúde no enfrentamento à pandemia, bem como a hegemonia da concepção da educação sanitária, especialmente, por meio das prescrições de normas e comportamentos à população. Cumpre-se destacar que, ao discutir educação em saúde, parte-se do pressuposto que ela possui distintas concepções que se associam a diferentes visões de mundo, sociedade e saúde que, consequentemente, estão em disputa. O objetivo foi analisar as concepções de educação em saúde presentes no enfrentamento à pandemia de covid-19 no Brasil. Para atingir o objetivo, problematizou-se a estratégia de enfrentamento à covid-19 no âmbito do Sistema Único de Saúde, buscou-se compreender como ocorreu o debate acerca da educação em saúde na pandemia e como a educação em saúde está presente em publicações produzidas pelo Ministério da Saúde para o enfrentamento à pandemia. A perspectiva de apreensão e análise foi o materialismo histórico e dialético. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em artigos publicados entre os anos de 2020 e 2022 nas bases do Scientific Electronic Library Online (sciELO) e da Biblioteca Virtual de Saúde e foi realizada, também, uma pesquisa documental em publicações produzidas pelo Ministério da Saúde para o enfrentamento à pandemia e publicados no website do órgão entre os anos de 2020 e 2022. As análises das fontes bibliográficas constataram que foram construídas discussões e experiências de enfrentamento à pandemia em que a concepção hegemônica foi a da educação popular em saúde e de processos educativos embasados na educação libertadora de Paulo Freire. Em relação às publicações do Ministério da Saúde, a educação sanitária foi hegemônica. Além disso, houve a propagação de um processo de educação em saúde negacionista, que ocorreu por meio da difusão de orientações que não estavam embasadas cientificamente, expressando, assim, que a educação em saúde está relacionada à difusão de ideologias que representam visões de mundo e que podem transgredir ou reiterar as ideias e os interesses dominantes em determinado tempo histórico. |