Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
MOURA, Ingrid Feitosa de |
Orientador(a): |
MOREIRA, Fernando Diniz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento Urbano
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30932
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Resumo: |
A luz natural é um material indissociável da arquitetura e a maneira como o arquiteto a articula às formas e aos demais materiais, determina como será a experiência daquele espaço. Como material intangível, a luz tem um grande potencial de criar atmosferas específicas e proporcionar experiências enraizadas nos significados pessoais, culturais e universais. Assume-se que experienciar é o ato de vivenciar algo por meio do corpo, dos sentidos. No intuito de interpretar estes significados no espaço arquitetônico, por meio do edifício, utilizou-se a ‘abordagem fenomenológica’, a qual está fundamentada na experiência corporal. Steven Holl é um dos grandes arquitetos contemporâneos que declara se preocupar com experiência sensorial e tem sido reconhecido pela maneira sensível com que utiliza a luz em seus projetos. O objetivo geral desta pesquisa é identificar, por meio de uma abordagem fenomenológica, quais fatores contribuem para uma experiência significativa da luz, bem como seu oposto – as sombras – no espaço arquitetônico por meio da obra de Steven Holl. Esta pesquisa está dividida em quatro capítulos, no primeiro deles apresenta-se uma reflexão sobre os conceitos fenomenológicos na filosofia, a partir de Husserl, Heidegger e Merleau-Ponty, bem como seus desdobramentos na arquitetura, refletindo sobre os conceitos que os arquitetos ligados à fenomenologia têm desenvolvido, dentre eles Pallasmaa, Zumthor, Holl. O segundo capítulo apresenta-se Steven Holl, sua formação, sua relação com a fenomenologia e sua prática arquitetônica. Ainda no segundo capítulo demonstram-se os principais conceitos de Holl - anchoring, intertwining e parallax – e a complementação dos mesmos com os conceitos dos arquitetos vistos no capítulo anterior. No terceiro capítulo, a partir de Millet, apresenta-se alguns dos principais significados universais, culturais e pessoais da luz natural para o homem e quais os fatores da luz que influenciam no processo de experiência e significação do espaço arquitetônico. No quarto capítulo é realizada a descrição fenomenológica da luz no Higgins Hall Insertion, Pratt Institute. Esta descrição se baseou na visita ao edifício pela própria autora e foi realizada a partir de um esforço metodológico realizado para interpretar a luz na arquitetura de Holl. Esta descrição da luz no edifício foi desenvolvida a partir de uma síntese dos temas da ‘fenomenologia fenomênica’ de Shirazi, dos fatores que o ‘efeito luminoso’ depende, segundo Millet, e dos conceitos de Steven Holl anchoring, intertwining e parallax. A hipótese desta pesquisa é que quando os arquitetos consideram, no processo projetual, provocar experiências significativas de luz na arquitetura, pensando o edifício a partir do corpo ao experenciar o espaço e do lugar e da cultura é provável que, quando construído, estas experiências se concretizem. |