Degradação anaeróbica de BTEX em reatores alimentados com água contaminada por gasolina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Pedroza da Silva, Suzana
Orientador(a): Gavazza do Santos Pessôa, Sávia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/5180
Resumo: A qualidade das águas subterrâneas vem sendo comprometida devido à contaminação por gasolina resultante de vazamentos em postos de combustíveis. Os principais contaminantes são os compostos BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos) por causarem toxicidade crônica, serem carcinogênicos e teratogênicos. Uma alternativa de biorremediação é o uso de biorreatores anaeróbios. Neste trabalho foi avaliada a biodegradação anaeróbia de BTEX, no tratamento de água residuária sintética que simulou água contaminada com gasolina, considerando a influência dos macro e micronutrientes. Foram utilizados 3 reatores (RI, RII e RIII) de 4 l cada, operados em bateladas de 48 h, sob agitação constante, em sala climatizada (30 ± 1 ºC). O inóculo utilizado foi uma mistura de lodo proveniente de 2 reatores UASB (esgoto doméstico: abatedouro de aves, 1:1). O experimento foi conduzido em 4 fases com aumento gradativo de DQO, em mg.l-1 (FI-1000, FII-1000, FIII-2000 e FIV-4000). Em FI utilizou-se esgoto sintético para adaptação do inóculo. Em FII, FIII e FIV, o reator RI recebeu etanol, macro e micronutrientes; RII, água contaminada com gasolina e macronutrientes; e RIII, água contaminada com gasolina, macro e micronutrientes. Os resultados indicaram que a presença de nutrientes foi determinante do melhor desempenho de remoção de DQO observado em RIII (56%, 88% e 83% para FII, FIII e FIV), quando comparado com RII (55%, 32% e 42% para FII, FIII e FIV). No entanto, não foi observada influência dos micronutrientes sobre a remoção de BTEX. A presença dos BTEX não afetou o desempenho de remoção de DQO em RIII, uma vez que seu comportamento foi semelhante ao de RI. A maior velocidade de remoção da DQO aconteceu em até 12 horas de experimento na última fase (FIV), em todos os reatores avaliados. Portanto, a escolha por um dos tratamentos deve depender dos compostos de interesse, uma vez que para remoção de matéria orgânica total pode ser conveniente investir na adição de micronutrientes, enquanto que para remoção de BTEX seu efeito não foi efetivo