Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
GOMES, Gabriela Valones Rodrigues de Araújo |
Orientador(a): |
KATO, Mario Takayuki |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48688
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Resumo: |
Este estudo mostra, pela primeira vez, a aplicação do Indicador de Salubridade Ambiental – ISA a partir da geoespacialização de vinte bairros, em uma área urbana semiárida do Brasil e sua relação com notificações de casos e óbitos por COVID-19. As informações sobre as condições sanitárias foram obtidas por meio de órgãos oficiais e de extensa pesquisa domiciliar, nos anos de 2019 e 2020. Os dados de COVID-19 foram extraídos dos boletins epidemiológicos emitidos pela Secretaria de Saúde estadual (RN), no período de maio de 2020 a abril de 2021. A estatística descritiva foi usada para análise dos resultados, a estatística multivariada para avaliar a correlação entre ISA e COVID-19, e um Sistema de Informações Geográficas (QGis) para geoespacialização dos achados. A pontuação média do ISA em Pau dos Ferros foi 0,30±0,03, que o categorizou como de baixa salubridade e como município que teve o pior ISA entre as aplicações no semiárido brasileiro. O ISA de 90% dos bairros, em Pau dos Ferros, foi classificado como baixa salubridade, e de 10%, como insalubres, com populações que variaram de 214 a 6.464 habitantes. A intermitência no abastecimento de água, o colapso da barragem local, a rede deficitária de coleta e tratamento de esgotos e a presença de um vazadouro a céu aberto para disposição dos resíduos sólidos, foram a causa de nenhum dos bairros avaliados ter sido considerado salubre ou com média salubridade. Quanto à associação dos indicadores de COVID-19 com o ISA, não foram estabelecidos padrões de correlação positiva nem negativa, com base no conjunto de dados analisado. Isoladamente, os dois indicadores foram bem explicados em duas componentes principais. A taxa de letalidade da COVID-19, em todos os bairros, ficou abaixo da média nacional. A adoção precoce de medidas restritivas e os aspectos meteorológicos e socioeconômicos de Pau dos Ferros, podem explicar a menor transmissão local. Os resultados mostraram que a salubridade ambiental é fator preponderante no controle da pandemia, mas que não é o único elemento causal a ser investigado na ocorrência de casos e óbitos por COVID-19. Finalmente, os achados da pesquisa podem servir como um instrumento para priorização de programas saúde e infraestrutura urbana básica em função do ISA, conforme preconizado no Plano Nacional de Saneamento Básico. |