Avaliação do risco cardiometabólico a partir de índices de adiposidade visceral e fatores associados em idosos diabéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: GOMES, Fernanda Mirela Amaral
Orientador(a): BORBA, Anna Karla de Oliveira Tito
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Gerontologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41446
Resumo: Os índices de adiposidade visceral são capazes de sinalizar o risco relacionado às doenças cardiometabólicas, mostrando a possibilidade da ocorrência de eventos vasculares. Avaliar o risco cardiometabólico (RCM) a partir dos índices de adiposidade visceral e fatores associados em idosos diabéticos. Trata-se de um estudo transversal com abordagem analítica, realizada nas Unidades de Saúde da Família que compõem a Microrregião 4.2 da cidade do Recife, Pernambuco. O RCM foi estimado a partir de dois índices de adiposidade visceral, o produto de acumulação lipídica (PAL) e o índice de adiposidade visceral (IAV). Foram realizadas associações entre o RCM e variáveis sociodemográficas, clínicas e de estilo de vida por meio do Teste de Qui-quadrado de Independência de Pearson ou Teste Exato de Fisher e análise multivariada pelo modelo de Poisson ajustado com variância robusta. Foram avaliados 202 idosos diabéticos com média de idade de 67,9 ± 6,7 anos, a maior parte da amostra foi composta por mulheres (73,3%), sem companheiro (54,0%), com menos de 8 anos de estudo (80,2%), pertencentes a classe econômica C (53,0%) e que contribuíam para o sustento da casa (91,4%). Na análise bivariada os índices de adiposidade visceral apresentaram relação com variáveis compatíveis ao RCM. Houve associação positiva no IAV para sexo feminino, circunferência do pescoço (CP), relação cintura-quadril (RCQ), alterações na glicemia de jejum e colesterol total (CT). Associações com o PAL ocorreram com índice de massa corporal (IMC), CP, CT, glicemia de jejum, hemoglobina glicosilada (HbA1c) e HDL. Após análise ajustada, pôde-se observar que os idosos obesos apresentaram 125% (RP = 2,25; p = 0,001) maior chance para o risco alto do PAL. Glicemia (p = 0,002), CT (p = 0,014) e HDL (p = 0,004) também aumentaram o risco. Mulheres idosas (RP = 4,40; p = 0,002) apresentaram um aumento de 340% no risco alto para IAV, como também alterações na CP (p = 0,016), glicemia (p = 0,020) e no CT (p = 0,020). Os resultados demonstram a forte associação dos índices de adiposidade visceral com outras medidas preditoras do risco cardiometabólico, avigorando a possibilidade de prevenir eventos cardiovasculares em idosos diabéticos no âmbito da saúde coletiva, de forma prática e confiável.