Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
SANTANA, Milene da Cruz |
Orientador(a): |
BARROS, Márcio Luiz de Siqueira Campos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Mineral
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32073
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Resumo: |
A extração de minério de gipsita com uso de explosivos tem tido como reposta do desmonte a presença de material com granulometria excessivamente fina e blocos, exigindo o uso do desmonte secundário (com uso de martelete hidráulico) para poder adequar o material as etapas subsequentes de transporte e beneficiamento. O método de lavra empregado, na maioria dos depósitos do Polo Gesseiro do Araripe, é o Open Pit Mining por bancadas, onde o minério extraído segue para a etapa de britagem antes de alimentar as calcinadoras, exigindo para isso que haja uma redução de tamanho na faixa de 3’ a 4’. A complexidade mineralógica que os depósitos gipsíferos do Araripe possuem implica na dificuldade em propor um desmonte onde se tenha uma melhor fragmentação do material e redução da perda excessiva de material fino, reduzindo assim perdas econômicas e o acréscimo de custos, demonstrando a necessidade de haver uma melhor avaliação sobre o maciço rochoso existente. Nesse sentido, a presente dissertação objetiva otimizar os resultados do desmonte, reduzindo a geração de material como blocos e fazer uma releitura do plano de fogo para que haja uma melhor adequação dos fragmentos à etapa de britagem. A metodologia consistiu na coleta de dados do maciço rochoso a ser desmontado, na obtenção dos parâmetros do plano de fogo, na fotografação do perfil da pilha de material desmontado (com o intuito de gerar um banco de dados fotográficos representativos), no tratamento de imagens através da foto-análise, aplicação do método de Kuz-Ram e Otimização Matemática. Os resultados demonstraram que as curvas de distribuição geradas a partir da foto-análise e o modelo de Kuz-Ram apresentaram uma diferença significativa no tamanho dos seus fragmentos, com tamanhos variando de 2 a 1905 mm, e que através da aplicação da Otimização Matemática foi possível detectar que a má avaliação do fator de rocha e a não auditoria dos desvios de perfuração tem contribuído para a geração de blocos. Conclui-se, portanto, que a foto-análise e o modelo de Kuz-Ram apontaram a ocorrência de falhas que estão contribuindo para geração de blocos no desmonte, e que há a necessidade de ser realizar uma avaliação mais completa do maciço para que se aplique um projeto de execução de desmonte melhor elaborado; e também a necessidade de auditar os desvios de perfuração para que não venham a comprometer a granulometria do material. Apesar do modelo de Kuz-Ram mostrar sua eficiência em avaliar a distribuição de fragmentos grandes, ele apresenta como ponto negativo a impossibilidade de estimar o material fino, o que, por conseguinte impossibilita avaliar de maneira eficiente toda a distribuição granulométrica do material gerado, e consequentemente o quanto desse material está sendo perdido. |