Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
PORTO, Catarina Magalhães |
Orientador(a): |
SOUGEY, Everton Botelho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43623
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Resumo: |
A depressão tem sido apontada como a principal causa de incapacidade crônica em todo o mundo, compreende um importante fator de risco cardiovascular, aumentando o risco relativo de doença arterial coronariana e morbidade e mortalidade cardiovascular. Concomitante à maior prevalência de depressão, há também uma redução na exposição solar, com o aumento da urbanização e industrialização e o uso de protetores solares, levando à diminuição dos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D. Nesse sentido, este é o primeiro ensaio para testar o efeito da suplementação de vitamina D na melhora dos fatores de risco cardiovascular, redução dos sintomas depressivos, como adjuvante à terapia antidepressiva por um longo período (seis meses), associado ao aumento das evidências sobre a ação neuroprotetora vitamínica em situações relacionadas à regulação do humor. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, construído de acordo com o SPIRIT, envolvendo 224 adultos com idade entre 18 e 61 anos com depressão em tratamento com antidepressivos. Os participantes elegíveis foram aleatoriamente designados para os grupos de intervenção (n = 112) que receberam suplementação de vitamina D, 50.000 UI por semana durante seis meses e controle (n = 112) que utilizaram placebo semanalmente por seis meses. As medidas para monitorar sintomas depressivos, risco de suicídio, exames clínicos e exames laboratoriais para avaliar fatores de risco cardiovascular e níveis séricos de vitamina D foram mensurados na linha de base e após 180 dias. A suplementação aumentou a concentração média de vitamina D para um nível fisiológico geralmente aceito. É importante ressaltar que a exposição à vitamina D diminuiu os sintomas depressivos (p=0,001) e o risco de suicídio (p=0,001). Além disso, a suplementação foi capaz de normalizar e/ou reduzir dez dos onze fatores de risco cardiovasculares (clínicos e laboratoriais) analisados, sem que houvesse eventos adversos relacionados aos níveis de cálcio iônico e efeitos colaterais de risco cardiovascular para os pacientes do grupo de intervenção. O estudo demonstrou que a ingestão semanal de 50.000 UI de vitamina D por seis meses foi efetiva e promissora entre os pacientes depressivos ao reduzir a inflamação e melhorar o perfil metabólico contribuindo no controle sintomatológico da depressão além de ser efetivo sobre o risco cardiovascular e o risco de suicídio. |