Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Rodrigo Ranulpho da |
Orientador(a): |
CORRÊA, Antônio Carlos de Barros |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/22591
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Resumo: |
As evidências dos ciclos paleoclimáticos no período Quaternário podem ser descritas nas camadas sedimentares que se expressam como processos erosivos formadores de rampas de colúvio e depósitos aluviais. Estas são constituídas de sedimentos da área fonte e microfósseis de espécies vegetais inumados nos estratos sedimentares. Os minerais constituintes destes sedimentos guardam registros pedogeoquímicos, que possibilitam a datação e identificação de microfósseis biomineralizados, possibilitando a reconstrução paleoambiental no Quaternário. Silicofitólitos são biomineralizações de sílica formados nos vegetais, depositados no solo pela senescência da planta e preservados durante milhares de anos. O objetivo deste trabalho foi identificar concentrações de fitólitos em sedimentos quaternários datados, aplicando índices climáticos e de fitofisionomias, correlacionando com períodos datados e inferindo paleoambientes. Os fitólitos foram extraídos em laboratório por processos geoquímicos e identificados por microscopia. O planalto do Araripe é uma morfoestrutura com escarpas abruptas, capeadas por extensas rampas coluviais com sedimentos arenosos, datados do Pleistoceno Médio ao Último Máximo Glacial (UMG). A correlação dos períodos datados com índices climáticos e de fitofisionomias indicou o aporte e deposição de fitólitos de uma vegetação arbórea/arbustiva, substituída em superfície por vegetação de gramíneas. Períodos de climas mais secos foram correlacionados às datas do UMG, com vegetação mais aberta composta por gramíneas, com ocorrência de eventos geomorfológicos menos intensos. A correlação dos índices climáticos utilizados a partir da interpretação de morfotipos e a composição de uma assembleia fóssil dos silicofitólitos corroboraram a dinâmica ambiental e geomorfológica dos períodos datados nas seções estratigráficas. O significado paleoambiental dos silicofitólitos em depósitos de colúvio demonstrou a dinâmica da vegetação correlacionada aos processos de deposição de sedimentos, desde o Pleistoceno superior até o período atual. |