Preditores de injúria renal aguda em pacientes submetidos ao transplante ortotópico de fígado convencional sem desvio venovenoso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Cirilo Lucena da Fonseca Neto, Olival
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2913
Resumo: Introdução: Injúria renal aguda (IRA) é uma das complicações mais comuns do transplante ortotópico de fígado (TOF). A ausência de critério universal para definição de IRA após TOF dificulta as comparações entre os estudos. A técnica convencional para o TOF consiste na excisão total da veia cava inferior retro-hepática durante a hepatectomia nativa. Controvérsias sobre o efeito da técnica convencional sem desvio venovenoso na função renal continuam. O objetivo deste estudo foi estimar a incidência e os fatores de risco de IRA entre os receptores de transplante ortotópico de fígado convencional sem desvio venovenoso (TOF-C). Métodos: Foram avaliados 375 pacientes submetidos a TOF, entre 1999 e 2009, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Pernambuco Brasil. Foram analisadas as variáveis pré, intra e pós-operatórias em 153 pacientes submetidos a TOF-C. O critério para a IRA foi valor da creatinina sérica (&#8805; 1,5 mg/dl) ou débito urinário (< 500 ml/24h) dentro dos primeiros três dias pós-TOF. Foi realizada análise univariada e multivariada por regressão logística. Resultados: Todos os transplantes foram realizados com enxerto de doador falecido. Sessenta pacientes (39,2%) apresentaram IRA. Idade, índice de massa corpórea (IMC), escore de Child-Turcotte-Pugh (CTP), ureia, hipertensão arterial sistêmica e creatinina sérica pré-operatória apresentaram maiores valores no grupo IRA. Durante o período intraoperatório, o grupo IRA apresentou mais síndrome de reperfusão, transfusão de concentrado de hemácias, plasma fresco e plaquetas. No pós-operatório, o tempo de permanência em ventilação mecânica e creatinina pós-operatória também foram variáveis, com diferenças significativas para o grupo IRA. Após regressão logística, a síndrome de reperfusão, a classe C do Child-Turcotte-Pugh e a creatinina sérica pós-operatória apresentaram diferenças (p=0,005; p=0,002 e p<0,0001). Conclusão: IRA após TOF-C é uma desordem comum, mas apresenta bom prognóstico. Síndrome de reperfusão, creatinina sérica no pós-operatório e Child C são fatores associados a IRA pós-TOF-C