Percepção de especialistas sobre a ocorrência de liquens em cascas de plantas medicinais e substâncias liquênicas encontradas em chás

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: TRIGUEIROS, Larissa Maria Barreto de Medeiros
Orientador(a): ANDRADE, Laise de Holanda Cavalcanti
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28015
Resumo: A presença de liquens em cascas de plantas medicinais é muito comum em amostras coletadas nos mercados públicos da Região Metropolitana do Recife (RMR) e por isso buscou-se investigar a percepção de moradores de comunidades rurais, que possuem uma relação mais próxima com as plantas coletadas. A primeira parte do trabalho teve como objetivo verificar a presença de um gradiente de percepções entre os erveiros, que apenas comercializam cascas de plantas medicinais na RMR, e os moradores de comunidades rurais sobre a presença de liquens que colonizam a casca de plantas medicinais. Ambos os grupos de estudo geralmente não percebem os liquens como organismos diferenciados da planta e, aqueles que percebem, os associam a sujeiras. Dessa forma, não foi verificado nenhum gradiente de percepções diferenciadas. Na segunda etapa buscou-se averiguar quais são os caracteres morfológicos utilizados como diagnóstico para a identificação de quatro espécies amplamente utilizadas como medicinais no interior de Pernambuco: Anadenanthera colubrina (angico), Myracrodruon urundeuva (aroeira), Hymenaea courbaril (jatobá) e Sideroxylon obtusifolium (quixaba). Pode-se perceber que os moradores de comunidades rurais conseguem diferenciar as quatro plantas apenas baseando-se na sua morfologia – o único recurso disponível para eles. Houve destaque para o reconhecimento das plantas de acordo com as características da casca, um atributo perene, demonstrando ser uma característica importante em ambientes secos. Por fim, buscou-se averiguar se há substâncias liquênicas nos decoctos de angico (Anadenanthera colubrina) e se essas substâncias proporcionariam alguma interação na atividade medicinal da planta frente a quatro cepas de Candida. Foram detectadas quatro substâncias liquênicas, entre elas, o ácido úsnico e o ácido divaricático. Todas as cepas de Candida testadas foram sensíveis aos extratos observando-se diferença na Concentração Fungicida Mínima (CFM) de Candida tropicalis e C. parapsilosis nos extratos das cascas onde estavam presentes substâncias liquênicas, potencializando a ação antifúngica da planta.