Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
VASCONCELOS, Mickaelon Belchior |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6142
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Resumo: |
A área de estudo está localizada na zona norte de Natal, totalizando 66 km2, onde 19% está favorável para ocorrência de infiltração direta de águas pluviais. Possui uma população de 300.000 habitantes, no qual o volume captado de águas subterrâneas representa 46% da demanda hídrica da população. Este trabalho tem o objetivo de verificar os efeitos da expansão urbana e realizar uma análise integrada de dados dando suporte para a gestão dos Recursos Hídricos. Com a expansão ocorrida a partir do final da década de 1970, a zona norte de Natal passou de uma zona predominantemente com vegetação nativa e agrícola para uma zona urbanizada, com algumas áreas periurbunas. A formação de centros urbanos na maioria das vezes geram impactos nas águas subterrâneas, e na cidade de Natal, isso não é diferente, onde parte da área ainda ocorre o lançamento de resíduos domésticos em fossas e sumidouros. Com isso, é gerado um aumento do processo de contaminação das águas subterrâneas, pois a geologia da área formada por sedimentos do Grupo Barreiras (cobertura residual e sedimentos eólicos) proporciona o deslocamento de contaminantes. Com pluviosidade média anual de aproximadamente 1735 mm, os dados do balanço hídrico mostram um excedente de 522,1 mm, com deficiência de 586 e uma ETP de 1799 mm. Estão inseridos na área 577 pontos d água, onde 301 são poços escavados, 06 fontes naturais e 270 são poços tubulares. Na área de estudo ocorrem aquíferos livres a semi-confinados e o fluxo subterrâneo é divergente a partir do setor central da área seguindo em direção aos rios Potengi e Doce. O balanço hidrológico mostra que ocorre uma entrada de água de 74,2×106 m3/ano e uma saída de 64×106 m3/ano, o que corresponde a um saldo positivo de 9,95×106 m3/ano. Este saldo positivo, tem que ser verificado com atenção, pois diante dos valores, existem agregados muitas incertezas hidrogeológicas que variam sazonalmente. A classificação hidroquímica possui uma diferenciação entre as águas superficiais e as águas subterrâneas. Nas águas subterrâneas, predominam amostras cloretadas, enquato nas águas superficiais apresentam-se cloretadas com uma tendência para bicarbonatada. No que refere-se aos cátions, as águas superficiais são predominantemente sódicas, enquanto que as águas subterrâneas estão amplamente divididas em sódicas e mistas, possuindo também uma amostra cálcica. Baseado em trabalhos anteriores a área possui uma transmissividade variando de 6,1×10-4 m2/s à 1,8×10-3 m2/s e a condutividade hidráulica 2,2×10-6 m/s à 6,3×10-5 m/s. A utilização da metodologia GOD na determinação da vulnerabilidade das águas subterrâneas integrada com os dados de fontes potenciais de contaminação, mostrou-se útil para a determinação do índice de risco a contaminação da águas subterrâneas. Ocorre uma predominância de risco moderado na parte central da área, com as zonas de risco forte estando localizadas as margens do rio Doce e zona do mangue. O potencial de risco baixo está isolado principalmente em decorrência da elevada profundidade do nível das águas subterrâneas. A área de estudo, em termos gerais, possui um sistema hidrogeológico em equilíbrio, pois nos últimos 10 anos não apresentou mudanças significativas na direção do fluxo das águas subterrâneas. O saldo positivo no balanço hidrológico deve ser analisado com atenção, visto que associado a estes valores, existem muitas estimativas que estão agregados as incertezas hidrogeológicas, que com a expansão urbana na área de estudo, tende a modificar a configuração da área. O adensamento populacional deve ocorrer com medidas que mantenham a sustentabilidade hídrica, evitando problemas associados. A implantação de um Plano de Gestão dos Recursos Hídricos Subterrâneos, representa uma forma de promover o desenvolvimento sustentável na área de estudo |