Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Queiroz de Souza, Laércio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7938
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Resumo: |
A milenar arte do repente é realidade por demais presente na atualidade. Não apenas sob a forma tradicional, com cantadores improvisando nas praças, feiras livres ou congressos, porém, também, com uma roupagem visivelmente moderna, ressaltada pelo movimento Mangue Beat, com a utilização do rap e do som dos tambores que, inegavelmente, contribuíram, não apenas para o repentismo, contudo para a introdução de uma nova vertente na música popular. Embora esta arte, hoje, viva um momento de transfiguração em diversas modalidades, a presença feminina1, enquanto produtora desse fenômeno, é quase desconhecida. Sabe-se da existência de no mínimo vinte mulheres atuantes nessa área e apenas cinco têm registro em fita, vinil ou compact-disc. Obviamente, não se pode admirar da quase ausência dos registros dessas artistas, dada a situação de enclasuramento vivido pela mulher durante anos, a falta de recursos, o desconhecimento das gravadoras, dentre outros. Apesar de tudo e todos, elas tentam superar os obstáculos, desafiam a ordem social que as restringe à esfera doméstica, subvertem o universo tradicionalmente masculino e seguem versando com suas métricas perfeitas que nada deixam a desejar a muito velho cantador. A intenção da presente dissertação é trazer à baila vozes femininas no repente, desde o século dezenove. No todo, estudam-se obras de algumas poetisas repentistas e tenta-se mostrar como estas tematizam a infância, o amor e o contexto social. Observam-se ainda os artifícios utilizados pelas cantadoras para tentar transgredir as leis que lhes proíbem o acesso ao mundo da cantoria. Por essa ótica, discute-se sobre a predominância masculina no universo do improviso e suas conseqüências. Assim, este estudo é um esforço de um registro plural e histórico, que no mínimo, contribuirá com a tentativa de repensar preconceitos sexistas e disseminar o fenômeno das mulheres de repente |