Vida e morte em clausura: arqueologia do corpo de mulheres do recolhimento da luz – São Paulo – séculos XVIII e XIX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: ALCÂNTARA, Tainã Moura
Orientador(a): SILVA, Sérgio Francisco Serafim Monteiro da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19709
Resumo: Esta pesquisa teve início após a percepção da complexidade dos resultados obtidos durante as escavações arqueológicas realizadas no Mosteiro da Luz, em São Paulo. Durante as intervenções, foram evidenciados onze corpos de mulheres que estiveram na condição de enclausuradas durante os séculos XVIII e XIX o que, por conseguinte, permitiu o estudo de como foram suas vidas. As intervenções foram realizadas em seis túmulos de parede na cripta mortuária do claustro. Em cinco dos seis túmulos de parede, puderam ser verificados dois sepultamentos não simultâneos e no outro, apenas uma inumação. Ademais, esse que foi inumado sozinho e outros quatro indivíduos apresentaram mumificação total ou parcial. Essas mulheres foram estudadas arqueologicamente, buscando entender os aspectos da vida cotidiana e como se deu a formação dos corpos dentro da instituição rígida de clausura, com controle das ações. Para tanto utilizou-se uma metodologia baseada em diversas fontes, característica da Arqueologia História, onde foi possível investigar o corpo vivo através de variáveis da pesquisa documental, e o corpo morto por meio de variáveis da Arqueologia Funerária (corpo cultural) e da Bioarqueologia (corpo biológico). As análises permitiram o reconhecimento dos gestos e posturas recorrentes, além da identificação das características comuns a todos os indivíduos e as particulares, que aludem a uma nova resignificação da identidade.