Análise tafonômica da acumulação esqueletal na Gruta da Presa I, no municipio de Paripiranga, BA: inferências paleoambientais e paleoclimáticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: LIMA, Jefferson de Souza
Orientador(a): OLIVEIRA, Édison Vicente
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30528
Resumo: Os estudos em cavernas fornecem importantes dados sobre o Quaternário, onde as acumulações de restos de mamíferos são frequentes. O estudo taxonômico desses mamíferos e a análise da formação do depósito sedimentar sob uma ótica tafonômica e geocronológica nos permite compreender a acumulação, o clima e o provável paleoecossistema a época do evento de fossilização. Através de métodos sistemáticos de escavações paleontológicas na Gruta da Presa I, no município de Paripiranga, estado da Bahia, Nordeste do Brasil, foi identificado uma assembleia poliespecífica com o predomínio de ossos de um porco-do-mato da espécie Tayassu tajacu (Linnaeus, 1758), e amostra retirada de um dente incisivo e enviada para datação, indicou uma idade de 560 (anos AP) 560±20. O processo de acúmulo sedimentar observado é o resultado de movimentos rápidos de massa vindo do ambiente epígeo para o interior da caverna decorrente de fluxos de lama, os bioclastos foram depositados espacialmente de forma caótica como resultado desse evento de alta energia. Chuvas episódicas de maior intensidade, provavelmente, atuaram na deposição e retrabalhamento dos bioclastos, além de favorecerem a formação de espeleotemas encontrados no interior da caverna por dissolução do calcário. Considerando a ecologia dos mamíferos registrados e os dados tafonômicos, o clima inferido é semiárido e com vegetação esparsa, semelhante ao atual.