Periodontite crônica materna e o parto prematuro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: PISCOYA, Maria Dilma Bezerra de Vasconcellos
Orientador(a): COUTINHO, Sonia Bechara
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9139
Resumo: A prematuridade é responsável por altas taxas de morbimortalidade perinatal. Sabe-se que a infecção tem papel importante em relação à gestação com resultados adversos. Recentemente, atenção tem sido direcionada para a periodontite crônica materna como uma doença capaz de causar complicações na gravidez, entre elas o nascimento de crianças prematuras, o que motivou o desenvolvimento desta pesquisa. Essa tese foi estruturada sob a forma de um capítulo de revisão da literatura, um capítulo de método e dois artigos originais. A revisão da literatura abordou os principais fatores de risco associados à periodontite crônica e sua possível associação com a prematuridade. O capítulo de métodos teve por objetivo detalhar a pesquisa realizada, apontando as eventuais dificuldades e a forma de controlá-las. O primeiro artigo original intitulado Fatores associados à periodontite em gestantes é um estudo do tipo transversal com o objetivo de identificar os fatores associados à periodontite, utilizando uma abordagem hierarquizada. As mulheres foram recrutadas na maternidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, no período entre novembro de 2007 a agosto de 2008. Foram aplicados questionários às pacientes contendo perguntas sobre as variáveis de interesse para o estudo e realizado um exame odontológico nas primeiras 48 horas após o parto para avaliar a presença de periodontite. Os resultados demonstraram a prevalência de periodontite entre as mulheres de 11,1% e que a baixa escolaridade e renda materna, o hábito de fumar, a presença da placa bacteriana, sobrepeso/obesidade estiveram associados à periodontite. O segundo artigo original intitulado Periodontite materna como fator de risco para prematuridade questiona a associação entre a periodontite crônica e o nascimento de crianças prematuras. Esse foi um estudo do tipo caso controle no qual os resultados mostraram que a periodontite esteve fortemente associada ao parto prematuro e pode ser considerada um fator de risco independente em determinado grupo de gestantes brasileiras. A prevenção e tratamento das doenças periodontais das mulheres durante o prénatal deve estar incluído entre as ações preventivas dirigidas às gestantes