Histórias de vida de docentes que se tornaram sindicalistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: TRINDADE, Henrique José Gonçalves Regueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Educacao
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18375
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo geral compreender como determinadas pessoas construíram sua individualidade pelo desenvolvimento de um autocontrole instintivo e consciente. Em face da continuidade dessa construção, relacionaram-se e exerceram funções num sindicato docente (SINTEPE), contribuindo assim, para sua educação sindical, resultando, destarte, em mudanças de comportamento. O estudo trata das histórias de duas pessoas que se formaram professores e que na década de 80 do século passado se articularam no movimento docente, tendo esse grupo de indivíduos se filiado, posteriormente, a uma representação sindical, em 1990. No entanto, mediante essas relações de interdependência e funções exercidas em meio aos sindicalistas do SINTEPE, por condicionamento e compulsão, os indivíduos desta pesquisa interiorizam novos hábitos entre si, refletindo a partir deles os novos comportamentos sociais, as características da representação dessa entidade. Sinalizando, com isso, para uma perspectiva de uma educação informal. Para fundamentar este estudo, sustentome nos parâmetros metodológicos, no campo educacional, por uma abordagem historiográfica, fundamentada na teoria da História Nova, de Jacques Le Goff (1990), estruturada pelo método de história oral temática. Esta metodologia se apoia nas memórias desses indivíduos, mediante processo de coleta de dados por instrumento de entrevistas semiestruturadas, em que buscamos uma análise dos mesmos, em face ao aporte teórico de Nobert Elias (1970; 1994; 1998; 2011), tendo como primazia a valorização da oralidade, mas não desconsiderando a necessidade do diálogo entre outras fontes documentais em que esse processo analítico se apoiou, referenciado no procedimento de análise, segundo Kohl (2012). Consequentemente, alcançamos os resultados dos objetivos desta pesquisa. Primeiramente, a partir dos docentes sindicalistas entrevistados por terem apresentado a formação de suas individualidades a partir de aspectos sólidos e amadurecidos, para um autocontrole psíquico adulto. Em seguida, desdobraram relações de interdependência no seio do movimento sindical docente, mediante diversos níveis e formas, prevalecendo às características da função e do poder, latentes nestes processos relacionais. Por fim, através dessas experiências de relações figuraram para uma educação informal, embora articulada, também, pela modalidade educativa formal já existente, a partir da formação política do SINTEPE, onde, destarte, os docentes sindicalistas entrevistados apresentaram terem tido mudanças de hábitos mediante compulsão coletiva, no período em que passaram a interagir neste grupo social.