Ecologia de protozoários no arquipélago de São Pedro e São Paulo: dinâmica espacial e temporal
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Oceanografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29910 |
Resumo: | As amostras foram coletadas durante a execução de duas expedições ao arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP), durante os períodos de precipitação máxima e mínima do ano de 2015. As estações foram distribuídas em seis áreas na região do entorno do ASPSP, duas mais distantes, nas proximidades da isóbata de 500 metros e quatro mais próximas, nas proximidades da isóbata de 50 metros. Dados de temperatura e salinidade foram obtidos com um CTD. As amostragens biológicas foram realizadas se utilizando garrafa Niskin (10 litros). As amostras foram coletadas em sete profundidades (1 – 100 m) nas áreas mais distantes e de três a cinco profundidades (1 – 75 m) nas áreas mais próximas. O volume coletado em cada profundidade foi concentrado a bordo se utilizando malha de 20 μm acoplada ao fundo de um tubo PVC e fixado com lugol (concentração final de 3%). Assembleias distintas de dinoflagelados e tintinídeos foram encontradas nas camadas superficial de mistura (CSM) e subsuperficial (CSS) (PERMANOVA, p < 0,001), embora nenhuma evidência de diferença na assembleia de radiolários foi encontrada. Os dinoflagelados se mostraram bons indicadores da CSM e os tintinídeos da CSS. As assembleias estudadas refletiram a natureza oligotrófica da área de diferentes formas. Primeiro em relação a elevada riqueza de espécies, com 78 radiolários, 46 tintinídeos e 133 dinoflagelados; segundo em relação a ausência de espécies dominantes nas assembleias; e terceiro em relação a baixos valores de densidade e biomassa. A presença do ASPSP influenciou de forma significativa as assembleias de diferentes formas. A assembleia de radiolários apresentou incremento nos valores de densidade nas áreas mais próximas do ASPSP (ANOVA, p < 0,001), com predominância de formas juvenis. Isso pode estar relacionado com maior disponibilidade de itens alimentares na área. Como organismos pico e nanoplanctônicos fazem parte da dieta de radiolários e tintinídeos é possível que haja sobreposição alimentar entre os dois grupos nas áreas mais próximas do ASPSP. Uma evidência é a relação negativa encontrada entre os tintinídeos e as áreas mais próximas do ASPSP, onde foram encontradas densidades e biomassa mais baixas (ANOVA, p < 0,001). A diminuição dos tintinídeos nas áreas mais próximas pode ainda estar associada a presença de predadores como nauplii e copépodes juvenis. O período sazonal também foi importante fator para os tintinídeos, com densidades e biomassa mais elevadas ocorrendo durante o período de precipitação máxima (ANOVA, p < 0,01). A assembleia de dinoflagelados apresentou incremento nos valores de densidades com a aproximação em relação ao arquipélago, em especial na CSS (Teste permutacional, p < 0,001). A mudança no regime de precipitação induz mudanças importantes na estrutura das assembleias de tintinídeos e dinoflagelados a nível de composição e distribuição das abundâncias relativas. A estratificação da coluna d’água, distância em relação ao ASPSP e mudanças no regime de precipitação se mostraram como importantes fatores influenciando as assembleias dos protistas microplanctônicos estudados. |