Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Martins, Maria Niedja Pereira |
Orientador(a): |
Monteiro, Carlos Eduardo Ferreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13055
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Resumo: |
A amostragem é um elemento central da Estatística Inferencial por permitir a generalização de dados baseados em amostras, mas tem sido pouco discutida em pesquisas de Educação Estatística. Noções mais consistentes sobre amostragem são importantes para a tomada de decisões cotidianas, todavia é um desafio para professores dos anos iniciais abordarem esse conceito nas suas aulas. Esta pesquisa teve por objetivo investigar os entendimentos de professores dos anos iniciais sobre amostragem ao utilizar o software TinkerPlots 2.0. O TinkerPlots é um software de análise de dados criado para auxiliar na construção de conceitos e habilidades estatísticas. Especificamente buscou-se identificar como professores entendem três aspectos relacionados ao conceito de amostragem: a representatividade, o tamanho e o tipo de amostra. Ainda como objetivo, procuramos analisar o efeito das ferramentas do TinkerPlots 2.0 para o entendimento desses três aspectos pelos professores. Participaram do estudo 4 professoras de uma escola municipal da Região Metropolitana do Recife. Realizamos, individualmente, duas etapas de coleta de dados com as participantes. Na primeira etapa, uma entrevista semi-estruturada buscou identificar informações profissionais das participantes, bem como noções relativas aos conceitos de amostra e amostragem. Em seguida, foi realizado um momento de familiarização com o software TinkerPlots que permitiu às professoras conhecer e manipular suas ferramentas. Na segunda etapa foram aplicadas três atividades exploratórias sobre amostragem no TinkerPlots. As duas primeiras situações apresentadas nas atividades exploratórias envolveram o contexto de amostras crescentes. A última situação consistiu na escolha de um processo de amostragem para a seleção de uma amostra representativa. Foram gerados arquivos audiovisuais das entrevistas, familiarizações e atividades exploratórias a partir do uso do software Studio Camtasia 7.1. A transcrição de todas as sessões geraram protocolos. As leituras iniciais desses protocolos possibilitaram a seleção de passagens que retratassem nosso objetivo de investigação. Os resultados das entrevistas semi-estruturadas apontaram para a presença de dois níveis de raciocínio sobre amostragem pelas professoras, confirmando que três delas compreendiam o conceito de amostra em contextos de uso sociais e uma professora já realizava alegações críticas a partir de notícias que expunham pesquisas por amostragem. Nas atividades exploratórias desenvolvidas no TinkerPlots, as professoras passaram a considerar aspectos da variação dos dados para determinar amostras representativas em duas das três atividades. As participantes também demonstraram entender que o procedimento de amostragem interfere na representatividade. Três professoras conseguiram indicar a seleção de uma amostragem estratificada proporcional numa população heterogênea a partir da observação das características dessa população ou pelo teste com amostras aleatórias simples. A possibilidade de selecionar amostras crescentes, analisá-las a partir de gráficos e observar estatísticas utilizando as ferramentasdo TinkerPlots pareceram contribuir para que as professoras avançassem em suas compreensões. Os dados sugerem que o trabalho com esse software pode favorecer boas compreensões sobre tal conceito, mas que são necessárias situações mais prolongadas de intervenção visando melhores resultados. |