Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
MARTINS, Walter Fabrício Silva |
Orientador(a): |
AYRES, Constância Flavia Junqueira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/716
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Resumo: |
O bicudo do algodoeiro, Anthonomus grandis Boheman, é considerado a maior praga da cotonicultura mundial, ocasionando danos que repercutem principalmente na produtividade, qualidade do algodão colhido e gasto com medidas de controle. Neste estudo foi realizada pela primeira vez, uma análise da diversidade e estrutura genética das populações naturais de A. grandis do Brasil. Doze populações coletadas em seis estados brasileiros (Paraíba, Ceará, Bahia, Pará, Mato Grosso e Goiás) em áreas onde são praticadas a agricultura em escala empresarial e agricultura familiar, foram avaliadas pelas técnicas de Polimorfismo do DNA Amplificado Randomicamente (RAPD), Isoenzimas e Microssatélite. Os resultados obtidos em seis populações pela técnica de RAPD baseados em 25 loci, revelaram uma heterozigosidade média de 0,262, com polimorfismo (P) variando de 52 a 84%. A diferenciação genética entre as populações foi extremamente elevada e significativa (GST = 0,258; p < 0,05), refletindo a existência de baixo fluxo gênico entre as mesmas (Nm = 0,72). A análise de cinco populações com 6 loci alozímicos mostrou uma heterozigosidade média de 0,212 e polimorfismo (P) variando entre 25 e 100%. O índice de diferenciação genética FST obtido por este marcador entre as populações correspondeu a 0,544 (p < 0,05), sugerindo a ocorrência de baixo fluxo gênico (Nm = 0,210) entre as populações. A heterozigosidade e o polimorfismo (P) observados em onze populações pela análise de 8 loci de microssatélites variaram entre 0,038 e 0,224 e de 37,5 a 75%, respectivamente. O FST entre as populações correspondeu a 0,220, produzindo um Nm de 0,8. Os três marcadores moleculares utilizados revelaram que as populações de A. grandis dos estados brasileiros avaliados apresentam baixa diversidade genética, em comparação às populações dos Estados Unidos, México e demais países da América do Sul, sugerindo que a colonização deste inseto ocorreu em uma ou poucas áreas. Os resultados obtidos relativos à diversidade genética também permitiram distinguir populações oriundas de regiões onde é praticada a agricultura em escala empresarial das áreas de agricultura familiar, assim como mostrou que as populações do nordeste podem estar servindo de fonte para colonização de novas áreas e de áreas já tratadas |