Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Pereira da Silva, Josué |
Orientador(a): |
do Amaral Vaz Manso, Valdir |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6650
|
Resumo: |
A Planície Flúvio-Marinha do Recife, devido a sua complexidade, representa um espaço significativo para o desenvolvimento de estudos ambientais. A área estudada corresponde a uma faixa de 200 metros de largura, em cada margem, ao longo do Rio Capibaribe pouco depois de entrar na Planície do Recife, desde o bairro da Várzea, até o centro da Cidade. A área está localizada entre as coordenadas UTM de 2950002 e 284000; 9114000 e 9111000. A justificativa para elaboração desta dissertação encontra-se na falta de trabalhos que apresentem um mapeamento textural e da fácies sedimentar do Rio Capibaribe, além de um levantamento da sua atual vulnerabilidade. Esta falta de informação é um problema para ações de correção e prevenção ambiental. Para a execução desta dissertação foram coletadas e analisadas amostras sedimentares do canal fluvial, consultaram-se relatórios técnicos de batimetria e de hidroquímica da água. Os dados foram analisados, tabulados e mapeados. A utilização de dados sedimentológicos, batimétricos e hidroquímicos de suas águas, permitiram determinar as condições morfosedimentares do seu leito, assim como a qualidade da água e finalmente estabelecer o grau de vulnerabilidade que configura os diversos segmentos das áreas que o margeiam. No leito foram identificadas as áreas totais com cobertura lamosa (cerca de 1.346.000 m2) e arenosa (cerca de 250.000 m2). Foram identificadas duas fácies principais: Arenosa, e Lamosa. A Fácies Arenosa apresenta predomínio da fração granulométrica de areias grossas e secundariamente de areias médias, segundo o diâmetro médio. O desvio padrão indicou seleção de moderada (0,50 a 1,00 ∅) a pobremente selecionada (1,00 a 2,00 ∅).A partir da análise da batimetria constatou-se que no referido rio predomina cotas inferiores a 5 metros. Em pontos localizados do canal, foram identificados locais de maiores profundidades atingindo a cota máxima de 9 metros. Associando a batimetria com os dados sedimentológicos, pode-se interpretar um processo de assoreamento devido o recobrimento das areias pela lama. A Qualidade da Água, segundo dados de Oxigênio Dissolvido - OD, Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO e Coliformes Fecais, no período de 1996 a 2002, obtidos em duas estações, pela Companhia Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH) apontam que as águas do Rio Capibaribe encontram-se severamente comprometidas por lançamentos de efluentes domésticos e resíduos industriais. De acordo com a classificação elaborada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), e em decorrência do comprometimento de suas águas, constatou-se que deveria estar enquadrado na Classe 4. Nesta classe, as formas de uso de suas águas seriam restritas para a navegação, para o contexto paisagístico e usos menos exigentes. A vulnerabilidade, considerando os fatores relativos aos quadros humano e físico, segundo os parâmetros associados de demografia, concentração urbana, rede de saneamento, a cobertura vegetal, favelas, lançamento de efluentes, área de cobertura por lamas e lodo, entre outros, apontou como vulnerabilidade média à alta na seção inserida entre os bairros de Casa Forte e Torre. Para a seção Derby - Bacia de Santo Amaro, trecho mais urbanizado, foi classificada em alta à média. As classificações de baixa e média vulnerabilidade foram designadas para os setores inseridos na seção comandada pelo bairro da Várzea. Como resultado verifica-se o alto comprometimento no quadro ambiental do Rio Capibaribe e a necessidade de ações para sua recuperação. Faz-se necessário entre outras medidas, a reorganização do uso do solo nas margens. Como ação emergencial, a descentralização das estações de tratamento de esgoto para captação dos efluentes dos canais de escoamento |