Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Espíndola, Elisângela Bastos de Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12992
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho é analisar as representações sociais de competência para ensinar matemática de professores brasileiros e franceses e como elas interferem na prática docente. Partimos do pressuposto que a profissionalidade docente, em particular em matemática, é influenciada pelas representações sociais que os professores possuem de sua competência profissional engendradas nas práticas de seus contextos sociais específicos e elas funcionam como guias de conduta no desenvolvimento das ações dos professores em sala de aula e também fora dela (nas atividades de preparação do ensino). No decorrer de nosso estudo tecemos algumas considerações sobre a relação entre “profissionalidade, ofício e profissão” e “profissionalidade, qualificação e competência” a fim de melhor cotejarmos a identificação das competências profissionais docentes no campo empírico e no campo das prescrições institucionais. Especificamente, sobre a noção de competência ressaltamos o papel do contexto social e dos recursos mobilizáveis em suas diferentes dimensões (cognitiva, afetivo-motivacional, ético-política e social). Para o desenvolvimento metodológico da pesquisa tomamos como referência a abordagem psicossocial da Teoria das Representações Sociais desenvolvida por Serge Moscovici e a Teoria do Núcleo Central de Jean-Claude Abric. Inicialmente, procedemos à identificação das representações sociais de competência para ensinar matemática através da aplicação de um Teste de Associação Livre de Palavras e de hierarquização de itens, com a participação de duzentos e cinquenta e seis professores de matemática do Brasil e da França. Na análise dos resultados do TALP, utilizamos o software Trideux na quantificação das palavras ou expressões mencionadas pelos professores e a técnica de análise de conteúdo de Bardin para sua categorização. Em seguida, com base nos resultados obtidos na hierarquização (2/6 das palavras consideradas como mais importantes do TALP), a fim de identificarmos a organização interna das representações, foi aplicado um teste de verificação e entrevistas com trinta professores dos dois países Na análise das entrevistas utilizamos o software Alceste como suporte à identificação dos sentidos atribuídos pelos professores aos referidos elementos. Finalmente, foram realizadas ao total vinte e nove horas-aula de observação da prática docente em cinco escolas da rede pública de ensino no Brasil e na França, com a colaboração de um professor em cada uma delas. Dentre os resultados obtidos na investigação do campo empírico, expomos as aproximações e distanciamentos entre as representações de competência para ensinar matemática de professores brasileiros e franceses e de sua recorrência em diferentes domínios da profissionalidade docente (disciplinar, deontológico etc.), de como se situaram em diferentes dimensões (cognitiva, afetivo-emocional etc.) e em que medida elas dialogam com as competências prescritas no campo da qualificação pelos Ministérios de Educação do Brasil e da França. Por fim, apresentamos o que foi identificado na prática docente com base no NC das representações de competência para ensinar matemática de professores brasileiros e franceses e destas correlacionadas às representações de competência para organizar o planejamento, preparar aula e dar aula. Por exemplo, destacamos a análise da prática docente a partir das representações do conhecimento matemático e da capacidade de dominá-lo. E, de modo particular, no caso dos professores brasileiros, a partir do compromisso com a função de ensinar e dos professores franceses, do conhecimento das dificuldades em matemática de seus estudantes. |