Fatores pró-aterotrombóticos associados à Síndrome Metabólica X na população de Pernambuco Nordeste Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santana dos Santos, Bianka
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1490
Resumo: Síndrome Metabólica X (SMX) consiste num cluster de, no mínimo, três distúrbios metabólicos, dentre os quais resistência à insulina/hiperinsulinemia compensatória, hiperglicemia, obesidade e/ou obesidade abdominal, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia característica com hipertrigliceridemia e/ou diminuição dos níveis de colesterol da lipoproteína de alta densidade (HDL-c); além de outros fatores de risco próaterotrombóticos, tais como hiperuricemia e níveis elevados de fibrinogênio plasmático. Acredita-se que quando estes fatores de risco encontram-se associados em um único indivíduo, há uma potenciação do risco cardiovascular aterosclerótico (RCVA), como, por exemplo, os índices I e II de Castelli e os valores da razão apolipoproteínaB/apolipoproteínaA-I. Em Pernambuco, Nordeste do Brasil, ainda é desconhecida a prevalência da SMX, bem como sua relação mais aprofundada com fatores pró-aterotrombóticos e sua influência em Doenças Cardiovasculares Ateroscleróticas (DCVAs). Assim, o presente estudo teve, como objetivo principal, a investigação dessa relação. Em primeiro aspecto, foi investigada uma associação da SMX e de fatores próaterotrombóticos com tabagismo em 1078 jovens mulheres (20 a 29 anos), desde que se tem estimado uma relação causal entre o hábito de fumar e aproximadamente 250 milhões de mortes, nos próximos anos. A prevalência do tabagismo foi de 12,3%. Jovens fumantes apresentaram maiores valores de índice de massa corpórea e de cintura/quadril, maior resistência à insulina (acessada pelo modelo matemático de homeostasia e pela razão triglicerídios/HDL-c), maiores índices de RCVA, maiores níveis pressóricos, de fibrinogênio e de ácido úrico; e menores de HDL-c e do índice quantitativo de checagem da sensibilidade á insulina. O cluster de distúrbios da SMX foi mais prevalente nas fumantes do que em jovens não fumantes; e o cigarro apresentou uma razão de chance de 4.49 e 9.31 para SMX em jovens de 20-24 e 25-29 anos, respectivamente. Realizou-se também uma avaliação do novo perfil lipídico de população feminina (n=508), do Estado de Pernambuco, Brasil, de acordo com as III e as IV Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias, evidenciando as mudanças ocorridas. O perfil lipídico Diminuição Isolada dos Níveis de HDL-c apresentou-se cerca de 4 vezes mais freqüente, enquanto que o número de mulheres normolipidêmicas reduziu pela metade. Também foi avaliada esta modificação em 212 homens. Nesses, houve um aumento considerável de hipertrigliceridemia. Foi investigado também o grau de influência dos principais distúrbios da SMX em cardiopatias já estabelecidas (n=252, ambos os sexos), em comparação a 250 indivíduos controle. Obesidade/Obesidade abdominal, triglicerídios e VLDL-c foram os maiores contribuidores para DCVAs. Foi investigada também a relação de fatores genéticos (polimorfismo da apolipoproteína E) com SMX (n=160 idosos). O alelo e4 apresentou uma associação com o perfil lipídico característico da SMX (hipertrigliceridemia, altos níveis de VLDL-c e Triglicerídios/HDL-c). Portanto, este estudo demonstra a forte relação entre Fatores Pró-Aterotrombóticos/SMX/DCVAs ; e enfatiza a necessidade de estudos epidemiológicos que identifiquem as características inerentes de cada população, devido às peculiaridades referentes aos fatores biológicos e não biológicos de RCVA