“Onde há viado não há sossego, prefiro os machos” : construindo sentidos sobre masculinidades e hetero(homo)normatividade junto a usuários de app de pegação
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40551 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar a produção de sentidos sobre masculinidades entre usuários de aplicativos de pegação, residentes em contexto urbano periférico. Desse modo, a construção do trabalho apoia-se em compreensões teóricas que vislumbram o fenômeno a partir das construções sociais sobre as masculinidades e das políticas de regulação que tendem a apontar o modelo heterossexual como norma. Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, com direção do construcionismo social, posicionada epistemologicamente na teoria feminista e queer. Como caminho metodológico, utilizamos inspiração etnográfica no contexto digital do aplicativo Grindr e Scruff. Trabalhamos com dados primários construídos pelo registro das cinco entrevistas semiestruturadas. Empregamos para a análise a produção de sentidos, compreendendo que os discursos constituem essas práticas e esses sujeitos. Nossos resultados e discussões apontaram para a hetero(homo)normatividade como direcionadora das práticas de pegação, implicando na forma como esses sujeitos produzem sentido sobre si mesmos, sobre os outros homens e sobre suas práticas sexuais. À vista disso, o padrão macho é imposto como condição de ser desejado e visibilizado no app e nas pegações fora dele, matizando as características entendidas como homo pela hétero. Nesse sentido, construímos uma discussão que possibilita pensar no imperativo da performance masculina normativa quanto ao corpo e ao nível relacional, bem como aos conflitos pessoais em face dos pressupostos sociais sobre masculinidades nas práticas de pegação. Assim, elencamos os reveses apontados por nossos interlocutores nas conversas, propondo caminhos de análises que problematizassem as expectativas socialmente construídas sobre o sistema sexo-gênero-desejo. |