Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
ROMAN, Cathia Menani |
Orientador(a): |
LESSA, Rosângela Paula Teixeira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36065
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Resumo: |
O grupo dos batóides apresenta uma variedade de adaptações para o sucesso na predação, como especializações no sistema sensorial e na morfologia dentária. Raias Myliobatiformes demonstram uma alta diversidade de ecomorfotipos, com espécies bentônicos e outros totalmente pelágicos. Assim o objetivo desse trabalho foi analisar a morfologia dentária e de linha lateral de três espécies de batóides, com ecomorfotipos, habitat e estilo de vida distintos. Os resultados foram obtidos através das análises de Microscopia Eletrônica de Varredura e Tomografia computadorizada para a descrição da morfologia dentária, e de dissecações da linha lateral para visualização e identificação dos canais da linha lateral das espécies estudadas. Aeotbatus narinari é uma raia bentopelágica que se alimenta de presas duras, e apresentou alta complexidade nos canais de linha lateral, tanto na região dorsal quanto ventral. O canal hiomandibular ventral tem um elevado número de poros, o que possibilita a essa espécie detectar jatos d’agua produzidos por moluscos, suas principais presas. A dentição de A. narinari é especializada para durofagia, com a placa dentária inferior com inserção mais profunda que a superior. Esta morfologia dentária auxilia a quebra e descarte de conchas dos moluscos. Os canais de H. marianae seguem o padrão descrito para a família Dasyatidae. Há uma concentração de canais mecanotáteis circundando a boca e focinho, que aliada á presença de poros na margem externa do canal hiomandibular ventral e presença de vesículas de Savi corroboram a dieta carcinofágica da espécie. A dentição de H. marianae é característica dos dasyatídeos, e a redução de dentes nas laterais das mandíbulas pode estar relacionado com sua menor importância na captura de presas. Essa espécie também apresentou dimorfismo sexual ontogenético, com os dentes sinfisiais dos machos adultos afilados. Essa característica não parece interferir na alimentação, mas com o fato do macho segurar a fêmea na cópula. Pseudobatos percellens não apresentou ramificações complexas em seus canais de linha lateral dorsal e ventral. Este achado pode estar relacionado tanto com a posição filogenética basal de P. percellens quando comparada com as Myliobatiformes deste estudo, quanto ao seu modo de locomoção axial. A presença de poros nos canais mecanotateis ventrais desse batóide pode estar relacionado a captura da presa através de sucção, sem remoção do substrato. Apesar de P. percellens apresentar dentição características para esmagamento, sua principal presa são os teleósteos. |