Utilização de resíduos do beneficiamento de camarões cultivados para obtenção de novos insumos para aquicultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SOARES, Karollina Lopes de Siqueira
Orientador(a): BEZERRA, Ranilson de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25952
Resumo: A aquicultura é um dos mais promissores agronegócios em desenvolvimento no mundo. A utilização de resíduos do processamento de organismos aquáticos é considerada uma atividade necessária, pois além de diminuir a quantidade de resíduos biológicos depositados em aterros e cursos d’água também representa uma importante fonte de moléculas bioativas de valor agregado, permitindo que a aquicultura seja uma atividade sustentável ecologicamente e economicamente. No processamento de camarões, aproximadamente 30-70% do peso total do animal é considerado resíduo, embora ainda possua uma considerável quantidade de proteínas de músculo, pigmentos, lipídeos e alguns carboidratos e polissacarídeos como a quitina. Esses materiais podem ser recuperados e aplicados como novos produtos de valor agregado ou simplesmente abastecendo a estrutura de cultivo local. Neste trabalho, utilizou-se o resíduo do beneficiamento dos camarões Litopenaeus vannamei e Macrobrachium rosenbergii, para a obtenção de insumos para a aquicultura. Espécimes foram obtidos de carcinocultores locais e descabeçados manualmente, o material foi acondicionado em sacos plásticos contendo 1 kg e acondicionados a -20°C até serem utilizados. Triturou-se com água destilada (1:1) e este homogenato foi analisado quanto a capacidade proteolítica e então submetido à autólise enzimática por 30 min. e 2h a 45°C sob agitação. Após esse tempo, o material foi aquecido a 100°C por 10 min. para inativação enzimática e então filtrado para separação de fases. A fase líquida do processo realizado com a espécie L. vannamei foi misturada ao farelo de soja para originar quatro diferentes bioprodutos. Desses bioprodutos foram realizadas análises microbiológicas específicas e de mesófilos, obtenção de composição chemical, aminograma, composição de ácidos graxos e testes de inibição proteolítica. Do líquido do M. rosenbergii foram obtidos os níveis proteícos, de lipídeos, cinzas e carboidratos. A parte sólida (carapaça) foi separada e extraída com etanol 90% para delipidação e obtenção de carotenoides. O resíduo sólido foi tratado para obtenção de quitina e produção de quitosana.