Avaliação dos testes QuantiFERON-TB GOLD e Nested PCR em único tubo no diagnóstico de tuberculose em pacientes imunodeprimidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Guedes, Gabriela de Moraes Rêgo
Orientador(a): Pitta, Ivan da Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13214
Resumo: A imunossupressão, causada por diversos fatores tais como desnutrição, doença auto-imune, infecção pelo HIV ou uso de drogas imunossupressoras tem contribuído com o aumento da incidência da tuberculose (TB) no mundo. O requisito essencial para o controle da TB é a identificação rápida e precisa dos indivíduos infectados. Os métodos convencionais (baciloscopia, cultura, histopatológico, radiografia de tórax e teste tuberculínico-TT) para diagnóstico da TB têm as suas limitações de especificidade, rapidez e sensibilidade. Ainda é uma tarefa desafiadora diferenciar pacientes com tuberculose ativa daqueles com lesões quiescentes, vacinação prévia com BCG ou outras doenças com sintomas semelhantes ao da TB. Portanto, o trabalho teve como objetivo principal avaliar o desempenho dos testes QuantiFERON®-TB Gold (QFT-GIT) e PCR único tubo (STNPCR) no diagnóstico da TB em pacientes imunodeprimidos. Foram selecionados 100 pacientes, que foram divididos em dois grupos: imunodeprimidos (n = 88) e controle (n = 12). As amostras biológicas (sangue, urina, LCR e escarro) de todos os indivíduos envolvidos foram submetidas aos testes QFT-GIT e STNPCR. A sensibilidade e especificidade do QFT-GIT, da STNPCR e do TT foram 57,4% e 95,3%; 64,3% e 91,4%; 69,2% e 98,1%, respectivamente. Os testes QFT-GIT e TT demonstraram uma concordância moderada (κ = 0,41). Dez pacientes apresentaram resultado indeterminado ao QFT-GIT e apenas 1 foi reagente ao TT. A maior frequência de TT reatores ocorreu nos indivíduos com contagem de T CD4+ >350 céls/μL. Entre os pacientes com TT reator, 60% possuíam vacina BCG, confirmada através da cicatriz vacinal e 46,7% relataram história prévia de TB. Apenas 20% dos pacientes com TB confirmada apresentaram cultura bacteriana positiva nas amostras (urina, LCR ou escarro). Os testes QFT-GIT e STNPCR não demonstraram utilidade na rotina dignóstica em pacientes imunodeprimidos. Portanto, o TT deverá continuar a ser usado para a triagem inicial de pacientes imunodeprimidos com suspeita de TB.