Efeito da terapia antirretroviral com Tenofovir, Lamivudina e Dolutegravir nas forças musculares respiratória e periférica de pessoas vivendo com HIV/AIDS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: CARDOSO, Renata de Oliveira
Orientador(a): ARAÚJO, Paulo Sérgio Ramos de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35605
Resumo: Alguns antirretrovirais (ARVs) causam toxicidade muscular e seu uso têm sido atribuído ao surgimento de fraqueza muscular respiratória e periférica nas pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA) em terapia antirretroviral (TARV). O Dolutegravir (DTG) surgiu em 2013 com baixo perfil de toxicidade e interações, sendo adotado pelo Brasil como esquema de primeira linha junto com Tenofovir/Lamivudina (TDF/3TC) em 2017. Devido ao pouco tempo de uso desse esquema, não encontramos dados na literatura a respeito de seus efeitos na musculatura respiratória e periférica nas PVHA. Comparar a força muscular respiratória e periférica antes e após o início da TARV combinada com Tenofovir, Lamivudina e Dolutegravir (TDF/3TC/DTG). Estudo descritivo, longitudinal e prospectivo de caráter observacional e analítivo com 41 PVHA (idade 31,6 ± 6,5 anos e 80,5% homens) avaliadas antes do início da TARV (T0) e desses, 28 foram reavaliados após mais de 50 dias de TARV (T1). As avaliações da capacidade funcional (distância do teste de caminhada de seis minutos), pressão inspiratória (PImáx) e expiratória (PEmáx) máximas e força preensão palmar (FPP) foram realizadas utilizando métodos padronizados. Além disso, a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) foi avaliada pelo questionário HIV/AIDS – Targeted Quality of Life (HAT-QoL) e dados laboratoriais (LT-CD4, LT- CD8, relação CD4/CD8 e CV-HIV) foram coletados. O p-valor <0,05 foi considerado significativo para todas as análises. Das PVHA avaliadas, 61% apresentavam doença definidora de AIDS (LT-CD4 < 350 cél/mm³), todos estavam com CV-HIV detectável (22% acima de 100.000 cópias/mL) e relação CD4/CD8 <1. A frequência de fraqueza muscular periférica foi de 97,6%, enquanto 31,7% tinham fraqueza muscular inspiratória e/ou expiratória. A FPP apresentou correlação postiva com LT-CD4 (p = 0,027) e negativa com CV-HIV (p = 0,046). Houve aumento tanto da PImáx (p = 0,0176) quanto da FPP (p = 0,0018) em T1, assim como dos domínios “Satisfação com a vida” (p = 0,035) e “Preocupação com a saúde” (p = 0,013) do HAT-QoL. A TARV combinada com TDF/3TC/DTG aumentou a PImáx e FPP, bem como melhorou a QVRS nos domínios de “Satisfação com a vida” e “Preocupação com a saúde” após mais de 50 dias de tratamento.