Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Carina Pessoa |
Orientador(a): |
GOUVEIA, Raimundo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11094
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Resumo: |
O fracasso escolar está geralmente associado a estudantes da rede pública, com possíveis dificuldades devido à pobreza e desestruturação familiar. Pesquisas sobre representações sociais do fracasso escolar apontam compreensões que culpam alunos e suas condições de vida, colocando em segundo plano a escola, professores e demais envolvidos. Sob influência do modelo psicométrico, os psicólogos educacionais buscaram identificar e diagnosticar dificuldades de adaptação e aprendizagem, orientar esses casos e encaminhá-los para tratamentos adequados. Contudo, as demandas exigiam que esse profissional saísse das salas de atendimento e interagisse com as questões da escola. O objetivo da pesquisa é compreender as representações sociais do fracasso escolar, construídas e compartilhadas por psicólogos educacionais. Especificamente: caracterizar o perfil e o papel profissional do psicólogo educacional de Recife; apontar o que os profissionais compreendem por fracasso escolar; averiguar se os participantes estabelecem relações entre o trabalho do psicólogo educacional e o fracasso escolar, conhecendo estas possíveis relações; identificar estratégias utilizadas para lidar com o fracasso escolar. Participaram da pesquisa sessenta psicólogos atuantes na Região Metropolitana do Recife, 2 homens e 58 mulheres, com idades entre 23 e 59 anos e média de 36,3 anos. Estes profissionais atuavam em escolas particulares (53), escolas públicas municipais (3), ONGs voltadas para a educação (2) e Secretaria de Educação (2). Responderam individualmente a questionário com dados sócio-demográficos e três questões referentes a seu papel no contexto escolar, às principais demandas atendidas e situações de intervenção; e a uma associação livre cujo termo indutor foi “fracasso escolar”. Os dados sócio-demográficos foram analisados com auxílio do software EXCEL; as questões abertas trabalhadas mediante análise de conteúdo temática e a associação livre analisada a partir do software EVOC. Quinze participantes, com tempo mínimo de 3 anos atuando na área, responderam a entrevista semi-estruturada abordando o fracasso escolar. Estas entrevistas foram trabalhadas mediante análise de conteúdo temática e com auxílio do software ALCESTE. Os resultados mostram a presença da tensão individual versus coletivo nas representações sociais, que se encontram focadas nos atores envolvidos com o fracasso escolar: alunos, professores, familiares e escola; em seu contexto de aparecimento e nas relações aí estabelecidas. Conteúdos da zona central envolvem problemas emocionais, ausência de limites, questões familiares e professor. No sistema periférico destacou-se o foco no aluno/escola: dificuldade, compromisso, baixa auto-estima, motivação, frustração e inadequação; e questões relacionadas à prática docente como aulas, políticas pedagógicas, rotina, salários. A zona de contrate é composta por conteúdos da relação ensino-aprendizagem como acompanhamento, aprendizagem, avaliação, compreensão, desmotivação, despreparo, ensino, indisciplina e metodologia, indicando compreensões múltiplas, ao invés de se centrar no aluno/família/professor. No entanto, explicações un |