A mediação nas trilhas do desenvolvimento rural: a produção da desigualdade socioambiental e de gênero no assentamento Cajueiro Parnaiba/PI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Gilvana Pessoa de
Orientador(a): GEHLEN, Vitória Régia Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Servico Social
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19609
Resumo: A análise sobre a desigualdade socioambiental e de gênero aborda questões relativas aos diferentes processos sócio- históricos de uso, produção e luta pela apropriação do território por homens e mulheres. A tese realiza estudo sobre a mediação dos movimentos sociais na produção social do território, referenciado na perspectiva histórico-dialética. Relativamente às técnicas de pesquisa, selecionou-se uma referência bibliográfica, além da documental, apoiouse ainda em dados empíricos que foram coletados por meio de entrevistas, as quais realizaramse no Assentamento Cajueiro, em Parnaíba-PI. A história do Assentamento se estrutura em paralelo à implantação de projetos agrícolas de grande porte, como aqueles, realizados no município, no âmbito do plano de desenvolvimento proposto ao território. Explora-se elementos sobre o processo de organização de homens e mulheres, desde o período de ocupação da área até a consolidação do assentamento dando ênfase à mediação dos movimentos sociais, especialmente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, na contínua negociação por seus direitos, o qual, o é neste sentido, o principal mobilizador e também mediador das conquistas dos residentes no assentamento. A pesquisa apresenta questões de gênero tramadas nesse processo, considerando as demandas das mulheres e o atendimento via ações públicas. Identifica-se a dificuldade de organização dos residentes no Assentamento, que assumem as atividades internas e, ao mesmo tempo buscam outras formas de remuneração temporária, na produção de frutas do Projeto de Irrigação. A proposta de desenvolvimento rural, em curso, vem aprofundando as desigualdades através de um planejamento territorial que direciona sua produção para o mercado externo, enquanto o assentamento permanece à margem das ações do Estado.