Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Martins Corrêa, Michele |
Orientador(a): |
Roberta Leal, Inara |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/619
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Resumo: |
Clareiras são importantes para a manutenção da diversidade de árvores em florestas tropicais. Ao construir e limpar seus ninhos, as formigas cortadeiras criam pequenas clareiras no sub-bosque na floresta, aumentando a abertura do dossel e a disponibilidade de luz nessas áreas. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da construção dos ninhos de Atta cephalotes L. na transmissão de luz, composição de espécies e estrutura da comunidade vegetal em um remanescente de Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil. O estudo foi realizado em um fragmento de Floresta Atlântica no nordeste do Brasil. Quarenta colônias foram selecionadas e inspecionadas quanto a presença de clareiras sobre os ninhos. Colônias com abertura no dossel maior do que 1m2 foram consideradas como colônias com clareiras de dossel (CCA). Colônias apresentando abertura no dossel menor do que 1m2 foram consideradas como colônias com clareiras de subosque (CSA). Para testar os efeitos das clareiras de dossel na vegetação, foram selecionadas 16 colônias CCA de Atta cephalotes e quatro colônias CSA. Em cada ninho foram estabelecidos quatro parcelas: (1) em cima do ninho, (2) ao lado do ninho, (3) 5 m da segunda parcela e (4) a 20 m da terceira parcela. Todas as árvores com DAP entre 1.5 e 5,.0 cm encontradas dentro das parcelas foram identificadas e classificadas em espécies tolerantes e intolerantes à sombra. A disponibilidade de luz em cada parcela foi obtida através do uso de fotografias hemisféricas. Adicionalmente, o recrutamento de plântulas da espécies tolerante à sombra Chrysophyllum viride (Sapotaceae), foi avaliado em dez colônias. Sessenta e três porcento das 40 colônias inspecionadas apresentaram clareiras de dossel sobre os ninhos. As colônias CCA apresentaram níveis mais altos de luz e menor abundância e riqueza de total de árvores, bem como na abundância e riqueza de espécies tolerantes a sombra. A porcentagem de individuos e de espécies tolerantes não foi diferente entre as parcelas das colônias CCA. Entretanto, as colônias CSA não apresentaram diferenças na disponibilidade de luz e nos parâmetros de estrutura da vegetação avaliados. Por fim, o recrutamento de C. viride foi maior nas areas mais distantes dos ninhos, onde a os níveis de luz foram menores, quando comparado com as áreas mais próximas aos ninhos. Todos esses resultados indicam que as formigas cortadeiras, quando constroem e mantêm seus ninhos, elas mudam a disponibilidade de luz nessas áreas e Clareiras são importantes para a manutenção da diversidade de árvores em florestas tropicais. Ao construir e limpar seus ninhos, as formigas cortadeiras criam pequenas clareiras no sub-bosque na floresta, aumentando a abertura do dossel e a disponibilidade de luz nessas áreas. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da construção dos ninhos de Atta cephalotes L. na transmissão de luz, composição de espécies e estrutura da comunidade vegetal em um remanescente de Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil. O estudo foi realizado em um fragmento de Floresta Atlântica no nordeste do Brasil. Quarenta colônias foram selecionadas e inspecionadas quanto a presença de clareiras sobre os ninhos. Colônias com abertura no dossel maior do que 1m2 foram consideradas como colônias com clareiras de dossel (CCA). Colônias apresentando abertura no dossel menor do que 1m2 foram consideradas como colônias com clareiras de subosque (CSA). Para testar os efeitos das clareiras de dossel na vegetação, foram selecionadas 16 colônias CCA de Atta cephalotes e quatro colônias CSA. Em cada ninho foram estabelecidos quatro parcelas: (1) em cima do ninho, (2) ao lado do ninho, (3) 5 m da segunda parcela e (4) a 20 m da terceira parcela. Todas as árvores com DAP entre 1.5 e 5,.0 cm encontradas dentro das parcelas foram identificadas e classificadas em espécies tolerantes e intolerantes à sombra. A disponibilidade de luz em cada parcela foi obtida através do uso de fotografias hemisféricas. Adicionalmente, o recrutamento de plântulas da espécies tolerante à sombra Chrysophyllum viride (Sapotaceae), foi avaliado em dez colônias. Sessenta e três porcento das 40 colônias inspecionadas apresentaram clareiras de dossel sobre os ninhos. As colônias CCA apresentaram níveis mais altos de luz e menor abundância e riqueza de total de árvores, bem como na abundância e riqueza de espécies tolerantes a sombra. A porcentagem de individuos e de espécies tolerantes não foi diferente entre as parcelas das colônias CCA. Entretanto, as colônias CSA não apresentaram diferenças na disponibilidade de luz e nos parâmetros de estrutura da vegetação avaliados. Por fim, o recrutamento de C. viride foi maior nas areas mais distantes dos ninhos, onde a os níveis de luz foram menores, quando comparado com as áreas mais próximas aos ninhos. Todos esses resultados indicam que as formigas cortadeiras, quando constroem e mantêm seus ninhos, elas mudam a disponibilidade de luz nessas áreas e aparentemente a estrutura da vegetação do remanescente de Floresta Atlântica do Nordeste do Brasil estudado |