Experimentos observacionais sobre o efeito da eutrofização na biologia do caranguejo Uca leptodactyla Rathbun, 1898 em áreas estuarinas do litoral de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Fred Brainer
Orientador(a): Parreira dos Santos, Paulo Jorge
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10512
Resumo: Esse trabalho tem por objetivo classificar seis áreas estuarinas de Pernambuco, nordeste do Brasil, em diferentes níveis de eutrofização baseando-se, principalmente, em alguns parâmetros biogeoquímicos do sedimento, assim como avaliar a resposta do caranguejo chama-maré Uca leptodactyla, quanto aos parâmetros populacionais e reprodutivos, aos diferentes níveis de eutrofização. As coletas foram realizadas de Agosto/2011 até Julho/2012 nos estuários do rio Paripe, Timbó, Ipojuca-Merepe, Maracaípe, Mamucabas e Bacia do Pina. Em cada área, foram coletadas amostras do sedimento para estimar concentrações totais do microfitobentos, proteínas, carboidratos e matéria orgânica total e cinco amostras da população de caranguejos. Os indivíduos coletados foram sexados, mensurada a largura da carapaça, e liberados ainda em campo (exceto fêmeas ovígeras). Concentrações de clorofila-a e feopigmentos não foram bons indicadores de eutrofização, ao passo que a razão proteínas/carboidratos mostrou resultados mais consistentes na avaliação do estado trófico das áreas estudadas. Em áreas eutrofizadas o tamanho de maturidade sexual das fêmeas foi maior em relação às áreas controle. A fecundidade também foi maior em áreas eutrofizadas, porém a fertilidade potencial não diferiu entre as áreas eutrofizadas e controle. Densidade e largura da carapaça mostrou boa relação com concentrações do microfitobentos, proteínas e carboidratos, independente do nível de eutrofização do estuário.