Desenvolvimento de nanobioeletrodos baseados em nanoestruturas de ouro para o genodiagnostico da esquistossomose e da leishmaniose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SANTOS, Giselle Soares dos
Orientador(a): OLIVEIRA, Maria Danielly Lima de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38474
Resumo: Esquistossomose mansonica e Leishmaniose chagasi são importantes parasitoses responsáveis por altas taxas de morbidade e mortalidade em todo Brasil. O diagnóstico precoce é de fundamental importância para eficiência do tratamento e controle destas enfermidades. Reação em cadeia de polimerase (PCR), ELISA, parasitológico de fezes e exame direto são os métodos clínicos utilizados atualmente para a determinação destas infecções. A confirmação do diagnóstico por estas técnicas, no entanto, não são satisfatoriamente sensíveis e/ou específicas, apresentando limitações que precisam e podem ser superadas por meio do desenvolvimento de novas técnicas de detecção. Diante disto, neste trabalho, foram desenvolvidas plataformas sensoras baseadas em eletrodeposição direta de nanopartículas de ouro sobre superfícies previamente modificadas com mercaptopropiltrimetoxisilano para a detecção eletroquímica de DNA de Schistosoma mansoni e Leishmania chagasi. As técnicas de Espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE) e de voltametria cíclica (CV) foram utilizadas para monitorar os eventos de bioreconhecimento dos sistemas desenvolvidos. O biossistema proposto para reconhecimento de DNA de Schistosoma foi capaz de reconhecer sequências de nucleotídeos específica de S. mansoni presente em amostras de soro (27 pg µL-1 a 42 pg µL-1), urina (27 pg µL-1 a 50 pg µL-1) e líquido cefalorraquidiano (25 pg µL-1 a 60 pg µL-1) e o biossistema proposto para reconhecimento de DNA de L. chagasi foi eficiente na detecção em amostras de soro (1 pg µL-1 a 1 ng µL-1) desta forma, podemos inferir que os genossensores desenvolvidos mostraram-se eficientes em todas as medições. Os resultados de bioreconhecimento foram comprovados pelo aumento na resistência de transferência de cargas e pela diminuição dos picos de corrente proporcionais às concentrações de DNA durante as análises eletroquímicas. As plataformas desenvolvidas mostraram limite de detecção de 0,6 pg.μL-1 e 1pg.µL-1 para detecção do S. mansoni e L. chagasi respectivamente. Portanto, o biossensor obtido pode ser considerado como um instrumento útil para a detecção especifica de DNA destes parasitas em baixas concentrações e em diferentes fluidos biológicos.