O Feminismo e suas diferenças : um estudo sobre o Fórum de Mulheres de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Marques Dantas de Oliveira, Suzana
Orientador(a): Parry Scott, Russell
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9791
Resumo: Essa dissertação investiga a identidade feminista no campo político do Fórum de Mulheres de Pernambuco, a partir dos relatos de suas participantes, que provêm dos mais variados campos da vida social. Nas informações proporcionadas pelas entrevistadas sobre o sentido do feminismo, das relações de gênero e da agenda política desse coletivo, consideraram-se dois binômios que marcaram historicamente muito dos percursos feministas, são eles: cultura/natureza e igualdade/diferença. Em virtude da diversidade de mulheres, em seus respectivos contextos de opressões/desigualdades, inquiri-se: qual o sentido do feminismo para elas? Que identidades estão envolvidas? E que sistemas classificatórios estão em jogo? Estão em questão os consensos e dissensos, pois o que mudar e como não estão dados a priori, acionam percepções e apreciações que vão entrar no jogo do reconhecimento do coletivo. Nesse sentido, utilizam-se algumas noções de Bourdieu desenvolvidas na Teoria do Campo, quando define o campo como um lugar de luta política , um campo de força , onde, ao mesmo tempo em que é possível apreender o que faz a sua existência, portanto a identidade, o faz usando jogos de linguagens. Para nossa pesquisa esses jogos de linguagens são importantes porque se situa o campo concorrencial, que permite pensar a luta política como também interna ao campo, onde percepções e apreciações vão entrar em competições, não garantindo a autonomia do campo a partir de uma identidade cuja totalidade seja amplamente compartilhada, homogênea e duradoura. Nesse sentido, enfocou-se o processo de identificação como referência contextual, nunca positivado e fechado nele próprio, constituído-se como transição, ralação, diferença